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Já se andava com ideias de partir em busca de novos trilhos e como nem todos tinham tido a oportunidade (nem as pernas) para no Challenge ir conhecer os trilhos para os lados do Rogel, nem foi tarde nem foi cedo, foi hoje que partimos para uns 45kms de belíssima pedalação.
Partimos uns minutos depois da hora (a malta não se cansa de dar à
língua) numa manhã muito fria mas com um céu limpo a
prometer uma merecida volta sem chuva. De início, com a descida até
às Raposeias, o corpo acusou as baixas temperaturas com o pelotão
todo bem encasacado, mas depois de atravessar alinha do comboio, ali para
os lados de Olelas, com a subida até à Igreja de Almargem do
Bispo foram-se desencasacando.
Sempre em bom ritmo, contornámos o monte Rebolo pelo lado de Albogas
(para fugir às lamas) e uma hora depois da partida já se estava
em Santa Eulália.
O caminho até aqui foi quase todo feito por estrada ou estradões
o que permitiu manter o ritmo do pedal e da conversa que também faz
parte do espírito da volta.
Algures a meio da descida, antes de Santo Estevão das Galés,
virámos à direita para a primeira travessia aquática
e mais uma queda da nossa amiga Ulla, temos que lhe oferecer umas rodinhas.
Tivemos também a primeira avaria com uma corrente a necessitar reparação
mas nada que não permitisse manter o ritmo. Na Subida a Galés
optou-se por um atalho que se mostrou exigente para as pernas e que certamente
dará uma bela descida. Pareceu-nos preferível fazer a alternativa
mais longa mas que permite a todos chegar lá acima sem desmontar.
Em Galés virámos à direita na direção de
Rogel e um pouco mais à frente o grupo dividiu-se para os mais ávidos
por adrenalina se poderem deliciar com a descida ao vale onde os esperava
um rebanho de cabras, seguindo os restantes por estrada reagrupando já
em Rogel.
Bem,
o plano era reagrupar em Rogel, mas as ovelhas teimavam em não sair
do caminho e a adrenalina voltou calmamente aos valores habituais dando os
“caracóis” um valente avanço aos “aceleras”
que os esperaram já na paragem para o lanche com vista sobre Montachique.
Valeram-nos os rádios que permitiram manter o contacto bem como o trilho
GPS que entretanto foi passado para outro GPS.
A subida depois de Rogel até ao alto do monte é bem interessante
e pedalável, tirando claro os ramos do último corte dos eucaliptos
que cobrem o caminho e podem dificultar a pedalação.
Lá no alto, tratou-se do lanche com direito a bolo-rei cortesia do
nosso amigo Xico e tirou-se o boneco de grupo com a confusão habitual.
Com a hora a avançar ainda pensei em encurtar a volta, mas como pareciam
todos cheios de sangue na guelra continuou-se como planeado e claro com uma
subida para começar a queimar o lanche.
Seguimos por trilhos muito pedaláveis e quase sem lama até à
Portela onde nos esperava mais uma descida daquelas a repetir, mas que também
provocou o único incidente da volta com o joelho de um pedalador cravado
no guiador, ou vice-versa.
Recuperado, continuámos caminho por estradas secundárias na
direção do Monte Funchal. Ainda assuntei uns quantos com um
“… agora vamos subir este…” e alguns até ensaiaram
parte da subida mas subir ao Monte Funchal fica para outra volta.
Iniciámos a descida até Negrais e um furo mais difícil
de resolver levou a que o grupo se dividisse novamente para manter o ritmo
pois os furados eram malta da perna grossa.
Depois do combate com a bomba-de-ar, a câmara-de-ar e outros acessórios
lá se resolveu a coisa e retomámos o caminho e tivemos direito
a mais uma descida ali para os lados do Casal de Abegoaria que também
temos que voltar a visitar.
Passámos a linha do comboio em Mastrontas e continuámos em perseguição
dos “caracóis” que mais uma vez nos deram uma abada e só
os apanhámos já para lá da Pedra Furada mais precisamente
em Casal do Urmal (não é “…aquela terra que tem
uns caixotes e uma casa verde…” senhora dona Amélia!).
Reagrupados, continuámos na direção de Casal dos Gosmos
(por nós conhecida como a zona das vacarias) e depois de uma descida
meio aquática e lamacenta estávamos novamente perto do Sabugo.
Ainda demos por falta de um pedalador e aqui o grupo dividiu-se mantendo o
contacto via rádio, acho que nunca foram tão utilizados como
nesta volta.
Seguimos pelas Raposeiras virando para o caminho dos Leiteiros onde atravessámos
sob o IC16 e aproveitámos a cortesia do nosso amigo Fernando e lavámos
as máquinas antes da subida até ao Algueirão.
Chegámos em três grupos ao ponto de partida com o dos “aceleras” a terminar antes das 13h00, os dos “caracóis” pelas 13h20 e o dos “extraviados” já bem depois das 13h40 mas todos com cerca de 45kms de pedalação num dia em que apetecia continuar a pedalar.
E aqui segue um Vídeo do Guia de serviço e mais outro Vídeo do nosso amigo Manuel Garrocho.para compor a crónica.