Tínhamos que dar uma volta que mostrasse o mais possível
aqui da terra ao nosso amigo Alentejano (Super
Ramos), por isso pedalou-se um bocadinho de tudo. Dezassete
responderam á chamada e partimos em direcção
á hora para Sintra para, com uma vista rápida
da vila atacou-se a subida pela estrada que foi do melhor
para abrir o pulmão. Na
Tapada do Mouco entrou-se no trilho louco e rapidamente
se chegou aos Capuchos para a paragem de reabastecimento
da ordem. Enquanto trincamos e bebemos as coisas do costume
juntou-se a nós um amigo de nome Matias (Argentino)
que serra abaixo e de pneus de estrada nos mostrou como
se domina a máquina (“um bocadinho louco”)
num verdadeiro festival de curvas e derrapagens. O que não
estava no programa foi a nossa amiga Ilda ter amortecido
a queda com o corpo, valendo-nos mais uma vez dos valiosos
préstimos do Enfermeiro de serviço, a coisa
compôs-se e todos seguimos caminho serra abaixo até
Colares onde nos despedimos do pedalador Argentino que regressava
aqui para casa. Rápida visita ao centro de Colares
onde se preparava uma feira ou festa e tomamos caminhos
já nosso conhecidos em direcção á
Praia Grande com as respectivas paragens para uns quantos
trincarem umas peras bem fresquinhas apanhadas pelo caminho.
Chegados á Praia Grande fez-se claro a paragem para
o boneco e para reduzir novamente o peso ao farnel.
Seguia-mos junto á costa, quando já depois
da Praia das Maçãs, foi a vez do Enfermeiro
de serviço necessitar de assistência, mas aquele
“drop” partindo não deixava margem para
dúvidas e recorrendo aos serviços de recolha
lá tivemos que seguir viagem sem serviço de
primeiros socorros. Continuando sempre junto ao mar e com
um tempo fresco a ajudar a coisa, chegou-se ás Azenhas
do Mar, para junto da escola abastecer na fonte e deixar
o mar pelas costas entrando na mata no caminho de regresso.
Aqui já o amigo Rui se queixava de uma dor na perna,
mas não querendo desistir lá se manteve na
bicicleta, sempre dizendo “falta muito??? Eu se paro
já não ando mais…”. Com os caminho
um bocadinho mais arenosos que o normal a coisa foi um pouco
mais difícil que o costume, mas nada que parasse
este pedaladores. Já perto do Lourel, junto ao moinho,
deparámos com um terreno lavrado por onde antigamente
passava o nosso trilho onde uns contornaram-no, mas outros
mais decididos, vai de passar mesmo a direito.
Aqui o joelho já dava sinais de estar nas últimas
e já no Lourel o Rui acedeu e acabou sendo recolhido
(soube mais tarde que se tratou de uma distensão).
Já chegados ao Algueirão, mais uma baixa com
um furo que por estar já tão perto optou por
ser recolhido e reparar a coisa mais tarde. Feitas as despedidas
lá fomos tratar do almocinho depois de mais ~47Kms
de uma volta que teve de tudo um pouco numa tentativa de
mostrar o mais possível do que é pedalar aqui
neste Concelho.