Volta na Serra da Estrela 20 de Maio
2006 ~51 Km Difícil/Longo
Primeiro, desculpem-nos a não extensão do
convite a todo o pessoal, mas questões logísticas
(a casa da sogra) limitavam o número de possíveis
participantes e como o alojamento na zona não é
muito farto…, mas agora com escola feita, a coisa
pode ser melhor organizada e para a próxima já
podemos ser mais.
Dito isto, vamos ao que interessa.
Com 370Kms a quatro rodas e depois de uma noite bem dormida,
pelas 09h00 e a ~360m de altitude, lá partimos para
a nossa aventura pela Serra da Estrela. Com a primeira paragem
técnica para abastecer de água numa das fontes
locais, só lá pelas 09:40 é que se
pode dizer que iniciou a volta, pois se vamos para a serra
bebe-se água da serra e da genuína directamente
da terra. O aquecimento fez-se a subir, mesmo que alguns
achassem que era a descer, pois mesmo não parecendo
em ~4km subimos até aos ~500m onde na Capela do Anjo,
junto a Vila Ruiva, se fez a primeira paragem cultural
para visitar uma necrópole construída algures
no século IX. Depois de breves 10 minutos de cultura,
regressámos á pedalação para
via Carrapichana nos fazermos á subida até
a Linhares (~800m). Sem dificuldade chegamos a Linhares
pelas ~11h00 para uma paragem de cerca de uma hora para
mais um banho de cultura, onde se visitou o castelo que
na sua torre sineira apresenta um relógio de pêndulos
modelo do século XVII e toda a aldeia com o magnífico
casario e claro que reabastecemos de sólidos e líquidos.
Até aqui tudo maravilha, pois o caminhos fez-se por
estradas muito secundárias mas de alcatrão
quase liso o que permitiu uma subida muito suave. Depois
da breve introdução ao empedrado de Linhares,
estava na hora
da primeira grande descida e a Calçada Romana chamava
por nós e sem medos lançamo-nos aos seus 1,5kms
que nos levaram a 200 metros mais abaixo onde nos esperava
mais uma fonte de água fresca. Após mais uma
curta paragem para refrescar e recuperar o fôlego
da descida e com ~16Km andados, iniciámos a primeira
fase da grande subida que por um estradão
magnifico nos levou até ás minas de Azibrais
(~960m). Mesmo com dois furos, muito veste e despe (ora
ficava frio ora ficava calor) e as paragens para saborear
a paisagem que se estendia até ao horizonte se
fez em pouco mais de hora e meia.
Chegados a esta mina abandonada, com uma rápida vista
de olhos nos apercebemos que ainda faltava subir um bom
bocado até chegar ao tanque (~1170) e só em
~2,5kms, mas mais uma vez sem medos trepamos o que faltava
para nos deleitarmos com a água fresquíssima
e a paisagem de encher a vista.
Vai de beber até fartar, atestar de água e
trincar tudo o que se trazia, reclamando a monotonia da
alimentação á base de barrinhas e bananas.
Já com o pensamento no farnel que nos aguardava em
Folgosinho, galgamos o agora mais plano trilho e com
mais subidas que
descidas atingimos perto do Km 26 os quase 1200 metros (1189,3m)
para agora sim encher a barriga de descidas. Não
sei bem como, mas certamente devido á fome pedalamos
que nem uns malucos e em ~20 minutos percorremos os ~7,5kms
para chegarmos em grande a Folgosinho, onde a famelga nos
aguardava. Quando abriram a bagageira do carro, acho que
se não encontrasse-mos comida tinham marchado os
tapetes e outras partes moles, mas felizmente e para bem
da nação tínhamos muito que trincar.
Barriga cheia e estava na hora de continuar as descidas.
Depois
de uma visita aos pontos culturais que incluíram
uma subida ao castelo, estava na hora da grande descida,
pois com partida dos ~920m e em apenas 2Kms íamos
descer aos ~580 para uma visita a Melo e a mais um fura
para fechar de furos na volta. Aqui não foi unânime,
pois se uns deliraram com o desafio, outros trataram a descida
a pé, mas todos chegaram ao final sem um risco na
pintura. Novamente
a calma reinou no resto do caminho, pois regressados ás
estradas secundárias o caminho mostrou-se relaxante
mesmo com as pequenas subidas já junto ao Mondego.
Com mais uma paragem na Ponte Nova para ver o Mondego de
perto chegamos finalmente ao ponto de partida, Vila Franca
da Serra, com ~51Kms andados. Tratámos da merecida
banhoca e atacámos um magnífico cozido bem
regado com tinto da região para repor todas as vitaminas
e sais minerais perdidos na Serra.
No dia seguinte juntámos todos os pedalantes e não
pedalantes para a foto da ordem e depois de atafulhadas
as biclas no atrelado, iniciamos a viagem de regresso ao
Algueirão.
O nosso muito obrigado á D. Glória que para
além de receber esta cambada toda na sua casa também
lhes tratou da barriga.
Volta de Reconhecimento na Serra da Estrela
13 a 15 de Abril 2006
~50 Km
Difícil/Longo
Tendo a oportunidade de ir pedalar para a Serra da Estrela,
claro que me baldei ás voltinhas na Serra de Sintra
e como era necessário fazer um levantamento para
uma futura volta nestas bandas, lá me castiguei com
esse árduo trabalho.
O levantamento foi feito em várias etapas e sempre
sem companhia (nada aconselhável) pois o companheiro
para este castigo teve que ficar a dar apoio á família.
No primeiro dia, fui até Linhares, que com partida
dos ~400m me levou até aos ~800m de altitude. Tudo
por estradões e/ou estradas muito secundárias
e passagem por vários locais muito interessantes
a merecer uma visita futura. Paragem obrigatória
em Linhares para uma visita ao castelo e umas voltinhas
pela belíssima aldeia histórica. Uma calçada
Romana (ver foto compilada abaixo) leva-nos até perto
de Figueiró da Serra que ao longo dos seus quase
2km desce 200m (magnifico). Aqui é que começa
a dor, pois estando perto dos 600m de altitude, tem que
se subir até aos ~1000m em ~6Kms para chegar ás
minas de Azibrais, não deve ser pêra doce,
mas não termina aqui, pois ainda se vai subir
acima dos 1200m antes de se descer para Folgosinho. Sobre
o resto da ligação entre Linhares e Folgosinho
não posso adiantar muito pois esta parte não
a pedalei, apenas me baseio em estima pelas cartas e por
trocas de informação com alguns dos locais
e felizmente com um grupo de BTTistas de Coimbra que encontrei
em Linhares e já tinham feito esta ligação.
No dia seguinte fui até Folgosinho decidido a fazer
a ligação para Linhares, mas a calçada
dos Galhardos e o tempo frio e meio chuvoso não se
mostraram convidativos e aos ~1100m de altitude voltei a
Folgosinho e fiz antes a ligação a Vila Franca
da Serra.
Iniciei
as descidas, e que descidas, até Melo foi do melhor,
em ~2,5Km descesse ~350m por caminhos de fazer as delícias
de qualquer BTTista (ver foto compilada abaixo) onde só
não arrisquei uma descida com mais adrenalina, pois
sozinho a coisa ainda podia acabar mal.
Depois de Melo a coisa mostrou-se bem mais calma, voltando
aos estradões e ás estradas muito secundárias.
Ainda me dei ao trabalho de visitar o ponto arqueológico
de nome “O Cavalo Pintado” que depois de 2,5Kms
(muito bonitos) para cada lado e de me ter arranhado todo
para subir ao alto de um penedo achei que o deveriam chamar
“Asno vermelho de raiva por ter pedalado isto tudo
e trepado o penedo para não ver o que afinal seria
um cervídeo”, mas deve ser um bocadinho grande.
Daí até Ribamondego foi um pulinho (a descer)
e depois ao longo do Mondego até á Ponte Nova
(a subir) também se fez. Mais umas pedaladelas e
estava chegado ao destino.
Ficou assim o levantamento feito, agora só falta
juntar a tribo e pedalar isto tudo que com os seus ~50kms
e um desnível de ~800m (entre os ~400m e os 1200m)
a coisa apresenta-se apetecível para um dia longo.
Seguem algumas fotos e uns perfis de partes da volta.