Sacavém - Santarém (Comboio),
Santarém - Sacavém (a pedalar) 22 de Março 2009(ver preparativos)
94Kms de pedalação... já não
é para todos :-)
E
com a pontualidade habitual lá estavam todos os pedaladores
para mais uma das nossas aventuras… bem…, todos
não, o nosso amigo Paulo Pinto trocou a bicicleta
por uma bela duma gripe ficando assim de molho e que vai
ter que se consolar apenas com a leitura da crónica.
Às 07h30 estava-se na Gare do Oriente para levantar
o bilhete de grupo (e pagar, claro) e com tempo para um
cafezinho rápido seguido do embarque na zona do comboio
que a CP reservou para nós (com placa e tudo).
Uma simpática assistente acompanhou-nos à
carruagem correcta sendo então recebidos pelo Operador
de Revisão e Venda (ORV) e onde já estavam
mais três pedaladores (malta de estrada), um dia destes
habituamo-nos a este nível de serviço e não
queremos outra coisa (um Muito Bom para a CP).
Depois de atafulhadas a biclas tratou-se de dar à
língua durante quase uma hora mirando os caminhos
de regresso que seguem em grande parte
ao longo da linha. Também se teve tempo para reforçar
o pequeno almoço e até uma cigarrada relâmpago
(duas bufadas e já está.. grande Jorge…).
Chegados a Santarém (foi rápido) fez-se a
operação inversa e num
instante estava-se em terra firme e com o sangue a borbulhar
de tanta vontade de pedalar os “quase” 80kms
(…pois…). Depois de uma incursão rápida
ao primeiro tasco que se encontrou para reforçara
a cafeína partimos pelas 09h11 à aventura
de seguir o risquinho no GPS até à Gare do
Oriente.
Para
começar bem, no primeiro casario seguimos um bocadinho
mais ao lado do risquinho e acabámos de bicicleta
às costas escada acima, nada de grave. Logo de seguida
e depois de um “é pá, isto vais ser
tudo plano”, passa-se em Alfange e toca de meter pedaleira
pequena que tínhamos pela frente uma subida das boas,
mas não era até ao alto de Santarém
como ainda alguém suspeitou. Agora com uma bela vista
sobre o Tejo, nada como o boneco de grupo provavelmente
no ponto mais alto de todo o caminho uns assombrosos 30
metros acima do nível do mar.
Depois do boneco esperávamo-nos uma grande descida
até junto da pista de Santarém que foi uma
grande canseira, pois vencer um desnível de 30 metros
a descer não é todos os dias.
Chegados às planuras, agora era rolar e aproveita
a paisagem com o Tejo do lado esquerdo e umas quantas marcas
da cheias a lembrarem que estes caminhos também podem
ser feitos de canoa. Umas quantas pedaladas e muita conversa
depois chegámos ao caminho ao longo do dique que
seguimos, umas vezes pelo trilho outras sobre o próprio
dique (caminho aconselhável). Muito estradão
com uns bocadinhos de alcatrão aqui e ali só
se parou para mirar uma manada de cavalos que certamente
também nos olhavam com a mesma curiosidade.
Seguindo quando possível por cima do dique chegou-se
à Valada para a primeira paragem do dia mesmo na
marina.
Muitos bonecos, muita conversa, muito trincar o que se levava
e uns quantos “é pá, grande dia para
pedalar” e estava na hora de continuar caminho que
já se tinha percebido que os “quase”
80Kms seriam mais uns “quase” 90Kms. Novamente
nas planuras dos campos lavrados, acontece o primeiro e
penso que único incidente do dia, salta a mola do
nosso amigo Fernando, ou melhor dos travões. Gravíssimo…,
com tanta planura seria certamente um ricos continuar ?.
Nada a fazer, continuou-se a pedalação. Ao
longo do caminho encontravam-se estacionados os zingarelhos
de regar que vão andando às voltas pelos campos,
só não estávamos era à espera
de encontra um mesmo no meio do caminho que nos proporcionou
um banho forçado, mas refrescante.
Umas quantas pedaladas depois por estradas secundárias
e estava-se na Azambuja para entrar nos caminho que seguem
junto à linha do comboio. Umas habilidades aqui e
ali para aproveitar as pontes da linha do comboio para passar
a valas que se nos deparavam lá fomos avançando
com uns saltos por cima da rede e uns acarta bicicletas.
Nas lagos que se alinham ao longo da linha foi possível
observar a passarada que por ali nidifica tendo-se mesmo
avistado um bando de “patinhos” (chamemos-lhes
assim) bem camuflados com as suas penugens da mesma cor
da paisagem. Na estação de V. N. Rainha lá
se teve que inventar uma travessia estação
dentro, mas que até tinha um portãozinho do
outro lado que facilitou a passagem do pelotão, mas
que mais à frente teve que recorrer a novos malabarismo
para saltar mais uma vala e respectivas cercas.
Na Vala do Carregado andou-se um bocadinho às voltas,
pois o trilho que estávamos a utilizar não
contempla todos os muros, cercas e portões tendo
que ser contornar algumas das construções
que entretanto surgiram.
A hora de almoço já tardava e Vila Franca
de Xira já estava á vista atalhando-se como
se pode, mas ficando aqui a sensação que se
poderia ter um outro trilho mais junto ao rio.
Chegados a V.F Xira procurou-se o local da merenda que depois
de algumas tentativas até
que se encontrou uma casa de comida pronta onde nos aviámos
e tratámos de ir merendar para o jardim.
Belo almoço, nem sei lá muito bem o que comi,
mas até lambi a marmita e a cervejinha caio mesmo
bem, a mim e aos outros. Parecíamos os marajás
da lezíria a comer deitados na relva, para almoço
improvisado não correu nada mal.
De barriga reconfortada estava na hora de continuar a pedalação
e fazer um bocado de alcatrão que aqui não
se tem outra alternativa (ou melhor existe e só demos
por ela já em Alhandra. Recomenda-se entra
no passeio fluvial antes da praça de touros e ir
junto ao rio até Alhandra). Em Alhandra aproveitou-se
o bocadinho final do passeio fluvial e repôs-se a
cafeína. Mais uma vez de regresso ao alcatrão
da estrada nacional e com um sobe e desce para atravessar
a estação do comboio (tendo até o luxo
de andar de bicicleta de elevador), fez-se o bocado mais
feio da volta só abandonando a estrada já
junto a Alverca do Ribatejo. Com uma mistura de trilhos
e caminhos secundários acabámos junto da estação
de Alverca para agora andar de bicicleta nas escadas rolantes
(isto é uma volta com tudo o que um BTTista tem direito)
e passar junto ao museu do ar.
Alguma
conversa e umas quantas pedaladas depois estava-se perto
da Póvoa de Santa Iria onde ser iria deixar o Tejo
pelas consta rumo ao Trancão passando pelo vale entre
a Póvoa e o Forte da Casa. Novamente nos trilhos
e com uns “isto eram uns 80Kms, não era? O
meu já marca 80Kms há um bocado…”
fomos avançando que o Trancão é já
ali e depois é só mais um bocadinho e está-se
na Expo. Por caminhos que eu não esperava encontrar
(muito bonito e sem cheiro), fomos pedalando ao longo do
Trancão para uma paragem junto do forte de Sacavém
para mais um boneco de grupo pois a nossa amiga Amélia
estava em casa e já tinha feito a pedalação
daqui até à Gare.
Seguimos então pelo passeio junto ao rio fazendo
gincana por entre os passeantes que aos
magotes enchiam toda esta fantástica zona ribeirinha
agora recuperada para o lazer. Com os fi-fós do nosso
amigo Fernando e os pulos dos passeantes chegou-se finalmente
à estação para mais um boneco junto
das bandeiras a assinalar os 94Kms (quase 80) de pedalação.
Pelas 17h30 já se estava
a atafulharam as biclas de novo nos carros para o regresso
a casa com uma grande barrigada de pedalação
da melhor e uma fome do outro mundo.
Terminando: Primeiro – Mais uma volta que mesmo tendo 94kms se
mostrou acessível não só pelo perfil do terreno, mas
sobretudo pela companhia e ritmo de pedalação descontraída
que se teve. Em época de chuvas dever ser intratável por causa
da lama, se não chover durante muito tempo e com sol dever ser intratável
devido ao pó e ao calor, recomendável para meia estação. Segundo – Mais uma vez
o nosso obrigado à CP que ao ser contactada se mostrou desde logo
disponível para efectuar o transporte, coordenando e informando todos
os agentes envolvidos de modo a que o serviço fosse feito de modo
o mais simples e eficaz possível. Aconselhável o bilhete de
grupo que para além de garantir o transporte também torna
a viagem mais em conta. Recomenda-se vivamente o contacto com a CP para
iniciativas deste género. Terceiro – Usem e abusem
do trilho aqui disponibilizado, do qual não damos qualquer garantia
(desenrasquem-se!) nem nos responsabilizamos pelo seu uso indevido.
Divirtam-se como nós nos divertimos e … boas
pedaladas.
O "track" está no final desta página.
Preparativos: Sacavém - Santarém (Comboio) Santarém - Sacavém (a pedalar)
22 de Março 2009
Coisa rolante!
...para aí uns 80Kms.
Plano:
Vamos a 22 (já é primavera), se chover...
não chove!!!.
A ideia é a tribo juntar-se na Gare do Oriente e
apanhar o comboio com as biclas até Santarém
e depois pedalar de volta.
Meteorologia:
Períodos de céu muito nublado, apresentando-se
pouco nublado na região Norte.
Vento em geral fraco (inferior a 20 km/h) do quadrante leste,
soprando moderado a forte (25 a 40 km/h) no Algarve e nas
terras altas.
Aguaceiros e condições favoráveis à
ocorrência de trovoadas nas regiões do Centro
e Sul, durante a tarde.
Pequena descida da temperatura máxima nas regiões
do interior.
Horário: Estar na Gare do Oriente
junto do Gabinete de Apoio ao Cliente (no 1º piso)
às 07h30 para dar tempo para comprar o bilhete de
grupo (4€) e claro apanhar o respectivo comboio com
a calma necessária.
O comboio regional é ás 7:56 com que chegada
a Santarém pelas 8:56.
O bilhete já está reservado para 13
pedaladores.
Regresso: Chegamos.... quando chegar-mos
:-)
Custos: 4€ para o bilhete de grupo
e mais uns trocos para o que der e vier.
A não esquecer:
Bicicleta !!!!(completa!); Comida que chegue para o caminho
que água vai-se certamente abastecendo. Umas moedas
para o que der e vier (e o comboio). Os acessórios
do costume para reparar as máquinas.
... e já agora chegar a horas.