Mesmo com os anunciados ~72Kms para a volta 19 compareceram
á chamada. Com algumas caras novas e feitas as apresentações
atiramo-nos ao caminho.
Com um ritmo sempre elevado e quase sempre fora de estrada,
rapidamente se passou S. João das Lampas, para nos
atirarmos á descida pela calçada que nos leva
á ponte romana perto da Catribana. Depois da sempre
difícil descida e de apreciada a ponte, fez-se a
primeira paragem da ordem junto da fonte na Catribana para
reabastecimento dos pedalantes e de uma caminhante de 4
patas que se juntou ao grupo.
Aqui terminou o meu turno como guia e entreguei o comando
da expedição a outros pedaladores, assumindo
a posição de “vassoura”,…
que lugar magnifico. Com mais umas subidas e outras tantas
descidas chegou-se junto ao mar. Com apenas uma preocupação,
a de ser o último da fila, tive tempo para apreciar
convenientemente toda esta maravilha onde uma ligeira neblina
a não deixar o sol queimar em força e com
a Ericeira já no horizonte seguiu-se os caminhos
ao longo da falésia num constante e animador sobe
e desce.
Junto a S. Julião foi um grande desce em que na parte
final teve que ser mesmo á mão, pois a areia
não permitia outra coisa. Chegou-se cedo, ~11h00,
mas constatou-se que uma das máquinas não
aguentou o andamento e chegou aqui com o eixo traseiro destruído,
estava a volta feita.
Tirou-se o boneco do grupo (canídeo incluído)
e o grupo perdeu 5 dos pedalantes, 1 por problemas técnicos
(ainda deu para chegar a casa) os restantes por solidariedade
e conveniência horária (chegar a casa antes
de ouvir da boas).
Com um vamos por aqui ou por ali, tomei a dianteira e atalhei
mesmo praia dentro, pois nem sempre tem que ser a máquina
a carregar-nos.
Continuou-se ao logo da costa para já na Foz do Lizandro
atalhar novamente pela praia poupando assim uns quantos
quilómetros á volta.
Saiu-se da praia não sem antes
passar o olho pelas moças do café (alguns
até conseguiram ver a marca do fio dental) e sempre
ao longo do passeio marítimo chegou se á Ericeira.
Atravessou-se a vila onde os mais diversos cheiros a comida
nos davam cabo do ânimo, para atingir-mos o ponto
mais a Norte alguma vez pedalado (com partida do Algueirão),
Ribeira D´Ilhas, e claro
fazer nova paragem para ver as vistas e trincar as barrinhas
com sabor a caldeirada.
Estava na hora do regresso e de uma visita ao forte de passagem
e de reabastecer de água na primeira fonte disponível.
Aqui
descobrimos que alguns trabalham a tinto (por isso não
se cansam). Atravessou-se novamente a Vila e por entre uns
“… e agora qual o caminho de volta…”,
“…não
vamos fazer o mesmo…” decidiu-se tomar o caminho
pelo vale do Lizandro pois sempre ser variava e as sombras
sempre ajudavam. Assim se fez e com um pequeno “…
huummm… não é bem por aqui…”
entrou-se no trilho e sempre em ritmo elevado foi-se vencendo
o caminho de regresso. O pensamento estava concentrado no
almoço e mesmo qualquer visão de uma simples
couve dava logo numa tachada de comida e numa ainda maior
vontade de pedalar. Com as travessias da ribeira a coisa
voltou a animar, pois todos a atravessaram de uma forma
ou de outra, mesmo os estreantes na modalidade.
Com um furo de rápida resolução e de
mais uma travessia do tipo “acarta bicicleta”
fez-se a subida da tira teimas para sair do vale, onde um
dos ciclistas aproveitou
para atalhar para casa.
Já nas pedreiras de Campo Raso o pessoal do Lourel
também atalho caminho, perdendo mais uma magnífica
oportunidade de acartar a bicicleta ás costas monte
abaixo, num trilho que acabamos de riscar do nosso já
grande menu.
E foi já perto das 16h00 e com ~65Kms nas pernas
que se acabou mais uma grande aventura em duas rodas e com
uma muuitaa fooome…
De realçar a força de vontade dos estreantes
nestas coisas de quilómetros a granel e principalmente
dos amigos que se juntaram nesta aventura com máquinas
sem suspensão, numa demonstração de
que basta querer e ter pernas que também se chega
lá.