Praia da Ursa 10 de Outubro 2010 Esta foi durazita.
Com a pontualidade possível iniciámos a pedalação na direcção de Ouressa para um primeiro contacto com os trilhos no monte que lhe fica adjacente. Conquistaram-se as primeiras subidas sem grandes dificuldades e pouco depois, sempre em ritmo muito conversador, estava-se em Chão de Meninos.
Depois de S. Pedro é que se começou a subir a sério com o pessoal a ter não só que recorrer às mudanças mais baixas, mas também a tirar alguma roupa que a coisa já dava para aquecer. Durante o strip dava para vem bem a fumo que alguns já libertavam. Continuou-se a subir até ao Castelo dos Mouros por caminho já nossos conhecidos mas sempre muito agradáveis.
Chegados ao alto e recuperado o fôlego, retomou-se o a pedalação ao ritmo da conversa até à entrada para o Trilho Maravilha onde naturalmente todos se concentraram na pedalação furiosa (que penso ser obrigatória) até sair na outra ponto já junto aos Capuchos. Já com alguns salpicos de lama no corpo e que para espanto de muitos (não sei porquê) eu também apresentava as marcas das chuvas que têm caído.
Sem grandes demoras, lançou-se um “agora vamos ao Monge!” seguido de um “então era mesmo a sério.” e sem hesitações todos se lançaram serra acima. Para não se fazer a “mata-cavalos” que não tem lá grande graça (nem a subir nem a descer) optou-se por um desvio à direita que por um caminho muito mais interessante se consegue chegar mesmo juntinho ao alto do Monge.
Chegados, mirou-se por entre o arvoredo o marco geodésico e lançou-se o desafio seguinte, “agora vamos descer até à Azóia” a que se seguiu o sonoro “bora lá”.
Depois de tanto subir nada como descer com fartura para compensar, bem, descer mas com uma curta subida até à Peninha onde um bocado com terra macia agarrou as bicicletas ao chão de tal modo que quase fez parecer a subida ao Monge a parte mais fácil até aqui.
Passada a Peninha, desceu-se ao tanque onde se parou um pouco para ver as vistas sobre o Guincho que são sempre um magnífico colírio para os olhos.
E descemos, descemos, descemos terminando não exactamente onde queria-mos, mas lá muito perto, nada que um bocadinho de alcatrão até à Azóia não resolvesse.
Aqui é que a coisa começou a correr menos bem, já não me lembrava do caminho até ao Buraco do Fojo e depois de “não deve ser por aqui” (que afinal até era) seguimos na direcção do Cabo da Roca onde o nosso amigo Luis lançou o “vamos à Praia da Ursa” a que se seguiu o natural “bora”.
Encontrámos a tabuleta, mas os mais cépticos (que já conheciam a coisa) diziam “quê, lá abaixo? de bicicleta?” mas fomos fingindo que não se ouvi e avançámos até ao final do estradão de onde se tem um incrível vista sobre a praia e linha de costa.
Perante a beleza do local e a visão do que se tinha que descer e, pior, volta a subir do outro lado gerou-se alguma confusão com uns a argumentar “nunca mais daqui saímos, eu conheço isto como a palma da mão” contraposto por “isto não é fácil, mas já que estamos aqui…” acompanhado dos desafiantes “frouxos, vocês são é uns frouxos”.
Ainda desceram alguns metros mas uma (providencial) avaria pões as argumentações em suspenso pois com um “drop out” partido estava-se certamente perante o inicio de uma nova e não planeada aventura.
Sem stress, o nosso amigo João tratou de tirar o que trazia na mochila e desaparafusando daqui e aparafusando dali a coisa compôs-se. O pior foi a corrente que não sei bem como acabou com um nó e quase teve que ser descravada.
Com a máquina operacional, decidiu-se voltar à estrada para o Cabo da Roca e entrar no estradão até Almoçageme ficando prometida uma descida à praia para uma próxima oportunidade.
Entrando no estradão, reconheceu-se o caminho e rapidamente se estava a passar Almoçageme onde o cheiro do pão com chouriço nos fez parar novamente para que alguns pudessem repor energias.
Novamente a pedalar, desceu-se a Colares para apanhar o já nosso conhecido caminho via Mucifal, Carrascal onde encontrámos os nossos amigos do BTT Lourel que acompanhámos quase até à Várzea de Sintra. Seguiu-se o Cabriz e a subida até ao Lourel chegando ao ponto de partida perto das 13h45 com ~45kms de vigorosa pedalação.
Vamos voltar àquela praia, mas sem ser pelos Monge.