Sete pedaladores responderam ao apelo de uma pedalação Lisandro abaixo numa reedição deste nosso clássico que por sinal não se fazia desde Agosto de 2007.
Partimos à hora na direcção de Campo Raso e atravessando as pedreiras rapidamente se chegou a Armés onde se faz a entrada no vale. Ainda subimos um monte de bicicleta às costas perante o olhar nada impressionado dos equídeos que por ali pastavam.
Chegado ao vale, não tinha nada que saber, era só seguir a linha de água e nunca utilizar os travões. Entre pedalações furiosas e muita conversa, que esta malta não consegue dar ao pedal sem dar também à língua, fomos avançando trilhos fora e nuns instante já se estava a fazer a primeira paragem para trincar a bucha no Carvalhal. Até aqui o terreno está muito bom, tirando um trilho que as águas levaram, até a ribeira se passou sem problemas.
Mais relaxados, mas com o nosso amigo Paulo Pinto a relembrar-nos que já não andava há algum tempo, retomámos caminho e para começar nada como um bocado de areia para fazer baixar o ritmo e para gastar a perna.
Passado o areal chegou-se à zona das canas e dos trilhos fundos dos jipes que já sabemos serem intransitáveis para bicicletas no inverno. Fazem os necessários malabarismos para evitar as canas e as silvas nelas suspensas fomos pedalando em direcção ao nosso destino.
Ainda fomos encontrando outros grupos de pedaladores que aproveitam bem este bocado antes do regresso das lamas.
Sempre rodeados de muita couve, alface, nabos e afins pedalou-se e conversou-se até à Senhora do Ó onde iríamos encontrar uma barreira “arquitectónica” que agora nos impede de prosseguir caminho até à foz.
Com alguma habilidade e criatividade conseguimos chegar ao outro lado. Espero que acabem a obra depressa e deixem um cantinho para a malta pedalar pois as alternativas que se prevêem não são lá muito do nosso agrado.
Passada a ponte junto à foz, entrou-se no trilho que acompanha os momentos finais do Lisandro em direcção ao mar onde aproveitámos para fazer uma paragem para novo lanche e claro a clássica fotografia de grupo com a foz como pano de fundo.
Com o pessoal mais recompostos retomou-se caminho fazendo o resto do trilho até à foz, que por sinal é um dos bocados mais bonitos de toda a volta.
Seguindo os trilhos ao longo da costa, rapidamente se chegou a S. Julião e como era meio dia, previa-se e se previa mais 1h30 para o regresso optou-se por subir o caminho falésia acima logo por cima da praia. Atalha-se e é mais bonito, mas as pernas do nosso amigo Paulo Pinto é que não gostaram e a partir daqui o ritmo baixou significativamente para ver se o mantínhamos vivo até ao final da volta.
Com o ritmo a variar entre o devagar e o devagarinho foi-se avançando até à Catrivana onde se optou por dividir o grupo a meio pois alguns tinham o tempo contado e a este ritmo não se previa chagada antes das 15h00.
Ficamos dois a acompanho o já meio morto pedalador que lá conseguiu arrasta-se até a S. João das Lampas (não é das Lâmpadas) e até convencer a cara-metade a ir lá busca-lo. Vai certamente custar-lhe umas semanitas a lavar a loiça.
Deixado o nosso amigo Paulo entregue em segurança, restava-nos fazer o resto do caminho de regresso ao Algueirão. Mantendo um misto de estrada e terra, fomos progredindo e tivemos entretanto notícias de que o pelotão da frente já tinha chegado (14h00).
Com as pernitas a começarem também a mostrar sinais dos quilómetros lá conseguimos chegar ao destino exactamente às 14h36m46s com 51Km virgula qualquer coisa de aventura.
Tivemos entretanto notícias que o nosso amigo está vivo, de boa saúde mas com a pele das mão estragadas de tanto lavar a loiça.
A
Foz do Lizandro 5 12 Agosto 2007
Juntou-se uma grande molhada, arrancou-se direito a Campo Raso para nos
juntarmos com o pessoal do Lourel.
Com
uma molhada ainda maior seguimos direito a Armés para entrar no
vale onde o nosso amigo Mário tratou de abrir as hostilidades com
a Mãe Natureza esfarrapando-a com o braço depois de tomar
balanço da bicicleta abaixo.
Não serviu de nada e parece
que a Mãe Natureza nem deu por ela mesmo com os diversos ataques
repetidos ao longo da volta. Reparados os estragos entrou-se no vale.
Fizeram-se umas podas aqui e ali para minimizar os estragos das silvas
na pele que também serviam para reagrupar e eis-nos junto da primeira
travessia.
Bonecos e pés molhados com fartura e vai de continuar caminho.
Mais uma queda aqui outra ali sem consequências para a Mãe
Natureza e paragem na ponte dos
cãezinhos.
Novamente no trilho chegou-se ao Carvalhal para só então
se chegar à zona das canas que se fez alguma acrobacia e mais uns
malhos. Nova travessia, agora mais fácil e já se estava
na Senhora do Ó para uma paragem mais longa e revigorante. Remendou-se
o furo e vais que já se faz tarde para novamente atravessar a ponte
deixando o Lizandro definitivamente a Norte.
Paragem obrigatória para o boneco de grupo com vista sobre a foz
e continuou-se o magnifico trilho ao longo da foz.
O nosso amigo Jorge tratou de torcer um pé na descida (que mais
tarde se confirmou não ser coisa boa) onde se reagrupou para agora
sim iniciar o caminho de regresso. Chegados a S. Julião alguns
atalharam por estrada o regresso a casa (o Lizandro já estava descido)
e um dos malucos (eu) enfiou toda a malta duna acima de biclas às
costas o que não agradou a todos (pensavam que eram só descidas…).
Chegados ao alto, meio esfalfados, a recompensa foi a magnifica vista
do alto
da falésia e meia altura vencida nas subidas do caminho de regresso.
Reagrupados junto da praia da Assafora, dirigimo-nos então para
a Catribana. Uma baralhação no caminho e o grupo partiu-se
em 3 onde só dois reagruparam já no chafariz da localidade,
dando os restantes sinal de vida via télélé, mas
já do alto da calçada romana. Pouco convencidos (por mim)
dos benefícios da subida lá nos fizemos a ela e á
mão chegamos todos ao alto. Estava vencida a última grande
subida do dia pois daqui para a frente seria quase tudo plano (…quase…).
Com os músculos de alguns a darem sinal de fadiga, baixou-se a
velocidade da caravana ( que é sempre a do mais lento) e não
deixando
ficar ninguém para trás foram-se vencendo os quilómetros
que nos faltavam. Já menos conversadores e por trilhos por nós
já muito pedalados, chegámos a Ral onde nos despedimos do
pessoal do Lourel
seguindo para o Algueirão.
Dispersando com a proximidade do destino chegou-se já bem depois
das 14h00 com ~55kms pedalados.
….e aqui fica a crónica instantânea que hoje não
estou lá muito inspirado…
A Foz do Lizandro 4
5 Outubro 2006
Pontualmente saiu-se para a volta proposta, inicialmente com 13 pedaladores,
dos quais duas cara novas, a que perto do Ral se juntaram mais 3 vindos
dos Lourel. Com os cumprimentos da ordem e uns bocadinhos de alcatrão
para se atalhar, entrou-se no vale em Fervença com sua já
conhecida descida quase a pique. Aqui a primeira e muito estranha avaria,
o nosso amigo Mário conseguiu partir (estalar) o espigão
do selim. A coisa mostrava-se de difícil resolução,
claro que se divagou sobre diversas formas de fazer a volta sem selim,
mas como a necessidade faz o engenho, virou-se
o tubo ao contrário e com uma valentes murraças dadas pela
malta do musculo a coisa voltou a funcionar como nova. Seguiu-se caminho
e que maravilha de vale, sempre o mesmo, mas sempre um grande desfio com
os seu trilhos estreitos e a requerem alguma técnica. Foi um pulinho
daqui até á primeira travessia aquática onde os mais
habilidosos (eu…e…) chegaram á outra margem com o sapatinhos
secos (mais uma vez faltou o tractor para passar a Ilda), de resto foi
a chapinação do costume. Seguiu-se ao longo da ribeira para
mais á frente acontecer o primeiro
de dois furo do furador de serviço. Mais uma pausa, mais uma trinca
e reparado o furo pedalou-se já com alguns contactos com a lama
e umas subidas manhosas e outras descidas ainda mais manhosas a provocarem
a primeira queda mais séria (não contando com as do amigo
Luís que na prospectiva de ser pai a qualquer momento, atirava-se
da bicicleta abaixo em tudo o que era sitio). Não sendo nada de
grave a volta continuou com uma paragem no carvalhal onde a Ilda reconheceu
o seu amigo do tractor e claro que lhe foi cravar qualquer coisita, desta
vez água para ela e para uns quantos. Novamente no trilho e nas
primeiras lamas de respeito,
onde os veteranos sabidos tomaram o caminho dos secos e outros o dos molhados.
Em plena luta com as canas que nos tentavam barrar o caminho, uma macieira
atreveu-se a mostrar-se no meio da vegetação e com um “Ao
ataqueee..!!” a cambada assumiu postos de combate e vai de descascar
na dita.
Grandes maçãs.
Novamente em movimento e com mais umas lamas chegou-se a mais uma travessia
onde alguns aproveitaram para lavar alguma da lama retirando assim algum
do peso extra adquirido ao longo do trinho. Novamente a pedalar, chegou-se
á ponte junto á foz do Lizandro e passando-a mudou-se de
margem e tomou-se o trilho em direcção á praia de
S. Julião.
Parou-se no local do costume para o boneco do grupo e retomou-se caminho.
Na descida e já frente á foz o nosso furador furou novamente.
Aproveitando a
pausa 4 dos pedaladores destacaram do grupo e tomaram a estrada de regresso
a casa, pois á que dividir o dia entre o bicicletar e a família.
Já na praia tratou-se de por um bocado de óleo nas máquinas,
pois de águas e lamas estávamos conversados, não
sabiam os pedaladores que os esperava uma subida de bicicleta á
mão com uns bocados de areia para ajudar, até ao alto da
falésia. Quem ainda tinha ar, acabou com ele aqui, e não
fosse a paisagem acho que me tinha atirado do monte abaixo que era para
aprender a não tratar assim tão mal os pedaladores.
Recuperado o fôlego (ou não) iniciou-se um sobe e desce ao
longo da falésia onde o nosso amigo Luís tratou de se atirar
para o chão sempre que podia. Ao som duns “é pá
já me dói o c..” lá se chegou á Catribana
onde o cansaço já tinha tomado conta (mas não derrotado)
alguns dos pedalantes.
Mais uma oportunidade de trincar o lanche e de lavar a máquina
na fonte, melhorar a imagem ou apenas de descansar encostado á
fonte. Ainda faltava vencer uma subida, pois descer a calçada Roma
é uma coisa, mas subi-la é outra e se a pilha já
estava fraca agora ia ficar fraquíssima. Mas subiu-se e agora sim
a coisa já era mais plana e alguns ligaram o piloto automático
e balbuciavam apenas uns “faltam ainda quantos quilómetros..?”
para vermos que ainda estavam vivos, pedalando tipo robot. Já perto
do Ral o pessoal do Lourel destacou do grupo e atalho para casa seguindo
os restantes de volta ao Algueirão onde se chegou com os ~56Kms
e á hora prevista 14h98m.
O corpo já não está para estas coisas, temos que
diminuir um bocadinho as voltas… ou não... pois o vicio é
grande…
A
Foz do Lizandro 3
30 Abril 2006
Conforme prometido lá estávamos para a volta grande.
A manhã fresca convidava á pedalação, partida
deu-se no horário previsto e sem mais seguimos para campo raso.
Ainda antes de se descer para o vale da Cabrela o primeiro incidente,
um dos parafusos de fixação do clipe no sapato abandonou-nos
tornando a pedalação muito difícil, valeu-nos os
de assistência em viagem e a nossa Graça lá apareceu
com um milagroso parafuso que nos permitiu continuar a volta. Descemos
ao vale e depois dos primeiros trilho sinuosos mas nossos conhecidos lá
chegamos á ponte de pedra para mais uma foto da geral. Mais uma
pedaladelas e estávamos no junção do ribeira da Cabrela
com o a de Cheleiros, que agora com menos água lá permitiu
uma sempre animada travessia.
Uns sem medos outros de sapatinhos ao pescoço rapidamente
nos reunimos na outra margem para seguir ao longo do ribeiro e fazer a
primeira paragem técnica (trincar qualquer coisita) na ponte dos
Rothvailer. Repostas a energias seguimos até ao Carvalhal onde
alguns aproveitaram para ir á chichada. Aqui começaram a
lamas a sério, que se nuns locais nos permitiam alternativa, noutros
tinha que ser mesmo pelo meio, levando a uns quantos pés enlameados
e umas quantas paragens para retirar uns quilos extras das máquinas.
A sombra das canas ajudava a
manter fresco este caminho, pois o sol abriu e o calor apertou, mesmo
a tempo de uma última travessia da ribeira que serviu também
para uma lavagem. Chegados á Senhora do Ó, nova paragem
para mais uma trinca.
Como estava tudo fresco arrancamos para o trilho junto da falésia
frente á Foz do Lizandro onde mais uma foto se impunha. Daí
até S. Julião foi um pulinho onde a nossa Graça nos
aguardava com um reabastecimento de água e mais outro miminhos,
não sendo necessário recolher nenhum dos pedalantes.
Agora sim ia-se iniciar a dureza pois estava na hora de pagar todas as
descidas e dali até Peroleite não é pêra doce.
Primeiro por estradão, de pois por um atalho que da última
vez se encontrava em melhor estado e que desta vez tinha mato com 2 metros
que nos obrigou a carregar as biclas, mas que mesmo assim compensou, pois
o caminho alternativo implica um subida a mão seguida de outra
em idênticos
modos. Se pensava-mos que de lamas estávamos conversados, uma das
passagem mostrou-nos que ainda não e requerendo alguma habilidade
lá a passámos para nos atirar-mos á subida final
até Peroleite. Depois de um curto descanso continuámos caminho
que agora era mais plano e via Odrinhas rapidamente chegámos a
Sacotes onde o grupo dispersou para regresso a casa. De salientar que
tirando o incidente o parafuso perdido nada mais aconteceu, nem mesmo
o furador de serviço ou qualquer outro problema o que é
de estranhar com o nível de maus-tratos que as máquinas
estiveram sujeitas. Com os novos atalhos a volta ficou pelos ~55Kms e
certamente ainda vamos voltar.
A
Foz do Lizandro 2
19 Junho 2005
Voltámos!
A volta começou tarde e terminou ainda mais tarde, o calor era
terrível e o regresso penoso. Temos mesmo que começar estas
voltas grandes mais cedo para ir e voltar pela fresca.
Mas já passou e pensamos voltar.
O grupo era um pouco maior e encontramos alguns atalhos ao passeio que
nos poupou andar de bicicleta as costas, bem como pequenos melhoramentos
em
alguns
bocados.
Um grupo de amigos que utilizando os nosso trilhos, fez a mesma volta
e gostou da nossa proposta. Mas até que o tempo fique um pouco
mais fresco acho que vamos voltarmo-nos para a Serra de Sintra.
A Foz do Lizandro 1
10 Junho 2005
~60Km
Médio/Longo
Esta já era uma das voltas que estava na calha, mas necessitava
de uma volta de reconhecimento antes de se poder organizar alguma coisa,
e digo-vos amigos
que valeu o esforço, pois 60Km já é dose. Partindo
do sitio do costume dirigimo-nos pelos caminhos mais rápidos até
à Godigana, local de inicio da aventura. Parte deste caminho já
tinha sido feito em voltas anteriores, mas o gosto tinha ficado e nada
com exactamente.
A descida ao logo das ribeiras e do rio Lizandro é um verdadeiro
mimo, não só pela beleza das águas que nos acompanham
mas também de toda a paisagem natura e das explorações
agrículas, que com as regas ligadas nos proporcionam uns banhos
inesperados. As linhas de água são atravessadas diversas
vezes, mas só arriscamos a pedelar numa das últimas. Depois
de se atravessar a última ponte para a margem esquerda já
junto da foz, saímos para um caminho subindo a encosta mas da qual
se tem um belíssima vista sobre a foz.
Mais à frente na praia de S. Julião começa-mos a
pagar as decidas todas, tendo mesmo que fazer algumas partes ao lado da
montada.
O
calor e a vontade de almoçar somado com as pernitas a reclamarem
os quilómetros, lá regressámos, atalhando algumas
partes que ficam para a próxima.
Jornada longa que requer tempo, pois preparem-se para 6 ou mais horas
para a volta, éramos só dois e as paragens foram reduzidas
ao mínimo. Planeamos voltar a repetir a dose, mas em dias mais
frescos.
Trilho em formato GPX A
Foz do Lizandro contendo várias opções para a
volta