Conteúdo de As voltinhas do segundo trimestre de 2010
Amigos BTTistas
27 de Junho de 2010
Sim senhor, grande volta, mesmo muito grande.
30Kms de magnifica pedalação e mais 6,5kms de um sobe e desce e às voltinhas a tentar encontrar a passagem de regresso a Palmela.
Muito bom, mas temos que rever as nossas capacidades “GPSianas” para ver se damos com o trilho.
Valeram as belíssimas fresquinhas que se foram bebendo pelo caminho, a companhia, o molha pés... e tudo o resto.
Para saber mais nada com ver a Volta da Arrábida.
20 de Junho de 2010
Para terminar a primavera em grande nada com uma aventura a pedalar algures por trilhos nunca antes pedalados.
Fomos até ao Penedo do Gato que fica pertinho de Boticas (Loures).
Ir ao Penedo do Gato, foi uma alegria, pedalou-se, apanhou-se limões e orégãos, mirou-se as vistas e agora já sabemos que o difícil não é o ir, é voltar.
Mas nada como ler a história completa em a Volta do Penedo do Gato.
13 de Junho de 2010
Com mais um domingo magnífico e sem grandes ideias, mais uma vez fomos subir e descer a serra de Sintra.
Começámos por atravessar a linha do comboio (por baixo) seguido do IC19 (também por baixo) na direcção da Abrunheira para ver se encontrava-mos uma nova passagem ali pelos lados da prisão. Ainda tentámos, mas um “pst pst, onde os senhores pensam que vão” do alto da torre acabou com a aventura e lá tivemos que fazer o caminho por alcatrão. Pelo menos arranjámos mais dois pedaladores perdidos para engrossar o pelotão.
Atravessou-se a N9 onde encontrámos a nossa amiga Clara em companhia do pessoal do BTT Lisboa. Cumprimentos da ordem e seguimos pela Lagoa Azul para fazermos a subida pelo estradão dos jipes. Claro que se tinha que inventar um saltar o muro com a bicicleta às costas que isto de andar só em cima da bicicleta já é coisa banal. No entretanto adquirimos mais um pedalador e depois de habilidosa manobra seguimos serra acima entremeando a pedalação com muita e agradável conversa.
Quando demos por ela já estávamos no alto da serra e como ir ao alto da serra e não fazer o trilho maravilha (ou o que resta dele) é pior que ir a Roma e não ver o Papa. Lá tivemos que nos penitenciar com mais uma voltinha por este ainda maravilhoso trilho.
Depois de mais uma descida furiosa e uma subida na conversa estava-se na Tapada do Mouco para continuar o trilho maravilha mas agora na direcção da lagoa junto aos Capuchos e a sua descida vertiginosa.
O que não gostámos foi de encontra um monte de bidões com um líquido qualquer azul junto à obra no que penso ser a Tapada das Roças. Não era combustível, mas de qualquer forma não nos pareceu boa ideia deixar assim um monte de bidões cheios de sabe-se lá o quê (não tinha qualquer indicação do conteúdo) abandonados na serra.
Continuando caminho, atirámo-nos então ao trilho a descer até à lagoa onde até a nossa amiga Amélia parecia uma pró, deve ser de já não ter os pés presos.
Chegados à lagoa estava na hora do lanche e do boneco da geral e claro, muita conversa.
Para não nos alongarmos muito na pedalação, decidimos fazer a descida até Monserrate e depois regressar a Sintra talvez pelo golfe.
Tudo corria bem até ao nosso amigo Hélder na sua leveza se ter lembrado de contactar a natureza de forma mais directa.
Conseguiu maltratar uma mão (nada de grave) e furar ao mesmo tempo. Lá tivemos que fazer o curativo à máquina e ao atleta (por esta ordem).
Resolvido o imbróglio, e com o tempo a passar, acabámos por seguir directo para Sintra pelo arco da mentira seguido da tradicional descida das escadinhas.
Já na vila foi com prazer que a vimos cheia de turistas. É sempre bom ter a malta desse mundo todo a largar cá a massa.
Mais um bocadinho e estava-se na Estefânia onde nos despedimos do nosso amigo Luis e de dois dos “perdidos” que nos acompanharam nesta nossa aventura domingueira.
Chegámos cedinho e ainda antes das 12h30 já se estava de volta com pouco mais de 33 kms.
6 de Junho de 2010
Depois de um fim-de-semana a apanhar sol, nada como voltar a estas coisas da pedalação e como já temos quase tudo o que é trilho pedalado, nada como partir em busca dos trilhos perdidos em dia ventoso.
Seguimos pela rotunda da Cavaleira até ao Lourel onde demos com o amigo Mário e companhia e o pessoal do Lourel que pedalava em sentido contrário. Cumprimentos a preceito e ainda tentámos acertar a coisa para um “randes-vous” algures para uma pedalação em grupo mas que acabou por não acontecer pois nem uns nem outros sabiam lá muito bem por onde andavam quanto mais explicar como se vai lá ter.
Continuámos e ao chegar ao Cabriz, virámos à direita na direcção de Alpolentim para fazer um caminho já há muito esquecido. No entretanto o nosso amigo Carlos que gosta das bicicletas afinadas ao milímetro tratou de “endireitar” as bicicletas às meninas, um dias destes já não as apanhamos.
Passámos o Casal da Granja e algures já perto da Fachada aproveitámos a presença de ilustre figura que saúda os passantes para tirar o boneco de grupo ao estilo “onde está o wally” que é como quem diz -"Um dos ciclistas não é um ciclista."
Depois do boneco é que se começou realmente a inventar com uns quantos “será que isto tem saída?” enfiando-nos em todos os trilhos que nos pareciam trilháveis. Algures perto Arneiro de Marinheiros, depois de uma agradável descida chegámos a um caminho aparentemente sem saída, mas como voltar para trás não é a nossa melhor qualidade lá nos enfiámos silvado dentro e valeu a pena. Do outro lado estava à nossa espera uma nespereira daquelas que só o dono e uns quantos loucos de bicicleta conhecem.
Foi uma barrigada, esperamos não ter dado cabo do rendimento de ninguém. Continuámos e descobrimos umas quantas pistas para duas rodas (a motor) que também se mostraram sem saída. Depois de mais uns quantos becos, lá demos com uma pontezinha sobre a ribeira que nos deu acesso a um caminho pedregoso e feito à mão mas que permitia sair do vale. Surpresa. Estava-se junto aos moinhos de S. João das Lampas, ou seja viemos até aqui pelo caminho mais longo e tortuoso possível.
Breve paragem para o lanche, muita conversa e claro, confraternização com a fauna local seguido de um toca a dar ao pedal que já passa das 11 horas e ainda temos que regressar.
Apontámos a Ribeira de Cões, não sem uma breve paragem para reabastecer de água e como o vento era muito até levou a bicicleta do nosso amigo Hélder pelos ares de tão levezinha que está só aterrando no alto de uma palmeira.
Passámos perto da Terrugem e seguimos por Alpolentim até Vila Verde por caminhos já nossos conhecidos e quase sempre por fora de estrada. Passando o Ral chegámos a Campo Raso para fazer a entrada no Algueirão pelo lado da Cavaleira.
Chegou-se às 13h00 e com exactamente 35kms e uma barrigada de nêsperas.
Eu fui para sul a banhos, por isso os que cá ficaram trataram de escrever a história e providenciar os bonecos. E cá vai uma criação do nosso amigo João
"Bem à falta do “Pastor” mais conhecido por Paulo e sem a ajuda do amigo Monteiro, fui ter ao ponto de encontro com receio, pois já esperava que o pessoal se virasse para mim.
Dito e feito, 6 corajosos entregaram o domingo de manhã nas minhas mãos, nem sabiam eles o que os esperava.
Bem, pés nos pedais e toca de dar à língua, pois este pessoal fala mais do que pedala.
Como não sabia o que havia de fazer, para variar fomos para a serra de Sintra via Seteais e daí para os Capuchos. Conversa principal do dia o peso das coisas com o amigo Hélder no topo da lista das coisas mais leves, ora conversa puxa conversa e não o pedal e ainda não estávamos nos Capuchos e já o Amigo Zé se tinha “perdido”.
Chegados aos Capuchos toca de dar a língua, aqui é que para por a malta a andar outra vez foi difícil mas lá arrancamos e para os fazer pagar pela demora toma lá o Monge e sobe até lá acima.
Ainda não estava a meio e já nos faltava o “ levezinho” (Hélder), volto para trás e dou com o levezinho no início da subida do Monge com o pneu leve demais pois faltava-lhe o ar. Bem, como o Monteiro me devolveu o bocado de pneu que o safou numa outra volta desta feita safou o levezinho que depois da reparação feita retomou-se a subida.
Chegados ao topo agora só havia uma coisa a fazer, descer, mas agora o problema era por onde. Conselho reunido e decidiu-se por onde. A meio da descida tive a sensação de “deja vue” com o nosso amigo Luís a iniciar um motim por falta de liderança, sorte a minha que a Amélia estava por perto e com meio, só meio blá blá acabou com o que podia ter sido um segundo 25 de Abril.
Descida a serra fizemos o regresso pela prisão, e ao passar os bombeiros o levezinho teve novamente o sabor do peso das coisas e o pneu de trás na sucata fazendo o resto do regresso até casa a pé, passando pelo peso em pessoa.
Chegada ao ponto de partida com mais 32 Kms de pedalação e eu safo de um motim, obrigado Amélia, volta “Pastor” o rebanho precisa de Ti."
16 de Maio de 2010 A nossa amiga Amélia chegou e disse, “hoje é para ir à Aldeia da Mata Pequena!”. E nós, caladinhos, metemos os pezinhos na pedaleira e toca de ir a à dita aldeia.
Com o grupo a crescer a cada domingo (o sol tira a malta dos buracos), iniciou-se a pedalação direito ao Algueirão Velho seguido de uma rápida descida às Raposeiras. Passado o Sabugo entrou-se nos caminhos das vacarias onde tivemos um breve contacto com as lamas e poças que ainda persistem.
Tudo calmo e conversador, fomos avançando na direcção da Pedra Furada onde demos com o já há algum tempo esquecido trilho que atravessa o Campo de Lapiás.
Muito bom este trilho, variando entre a calma verdura e os trilhos pedregosos que a malta gosta. Chegados à Pedra Furada seguimos para Anços por estrada, ainda virámos um atalho, mas estava alagado e nem todos estavam com vontade de molhar os pés.
Já em Anços parámos para reagrupar e contar capacetes pois faltavam uns quantos pedaladores. Más notícias, o nosso amigo Pedro rasgou um pneu e com alguma habilidade lá conseguiu remendar a coisa mas para se meter ao caminho por estrada pois a coisa não estava recomendável para aventuras (acontece).
Com um a menos mas ainda sem a missão cumprida retomámos a volta e agora tenhamos pela frente a desejada descida da cascata que termina na ribeira em Peras Pardas.
Depois da descida furiosa, lá nos fomos reencontrando para a primeira travessia aquática onde a maioria saltitou de pedra em pedra que isto de pedalar sobre calhaus escorregadios não parece ser lá muito saudável e só mesmo o furioso do costume se deu a tal atrevimento.
Com nisto de pedalação já se sabe que depois de uma grande descida se encontra uma grande subida, aí estava ela para nos levar até à Aldeia da Mata Pequena, nosso destino cultural da semana.
Pedalada atrás de pedalada, foi-se vencendo o desnível e por entre a conversa interminável do costume e os “isto está mesmo bonito” quando demos por ela já tínhamos chegado.
Entrámos na aldeia que faz jus ao nome, e vai de tirar bonecos a tudo o que é recanto inclusive ao famoso Cardoso, guardião deste muito bonito recanto do mundo.
A nossa amiga Amélia tratou de falar como “Chefe” da aldeia para recolher novas para o seu trabalho e só depois de muitos “é pá, vá lá, juntem-se que é para o boneco” é que se conseguiu guardar a recordação do momento em mais uma foto de grupo, entremeado com o trincar do lanche.
Mas não foi impunemente que acedemos aos desejos da nossa amiga, claro que agora era o tal trilho que começa junto à Aldeia da Mata Grande (sim há uma de cada tamanho) e termina em Cheleiros, por isso toca a andar.
Primeira descida meio a pique até ao fundo do vale seguido de uma curta mas verdadeiramente a pique subida que dá acesso ao inicio do trilho.
Depois de o “Tátudo” dar o sim, largámo-nos trilho abaixo. Muito bom! Mesmo com a vegetação que entretanto cresceu e das silvas que insistem em nos fazer uns riscos na pele continua a ser do melhor que esta zona nos pode dar.
Já na ribeira no final do trilho, era vê-los a chegar de sorriso na cara e mesmo que com uns quantos riscos no corpo (alguns em sangue) isso parecia ser um preço justo a pagar por tal prazer.
Como quem atravessa uma ribeira atravessa duas, optou-se por regressar via vale da Cabrela que sempre se sobe mesmo.
Atravessou-se Cheleiros novamente em modo conversador e rapidamente se chegou à ribeira para a molha pés.
Confusão do costume para atravessar as profundezas (10 centímetros) e até houve que tirasse os sapatinhos (lá ficaram outra vez os peixes a boiar) para não os molhar nem cair da bicicleta abaixo.
Travessia feita e entrou-se no trilho ao longo da ribeira que se foi fazendo sem percalços.
Já pertinho de Armés o nosso amigo João conseguiu dar um tombo meio manhoso e acabou enfiado num buraco quase até ao pescoço. Montou-se uma rápida operação de resgate e foi um sucesso, num instante ele estava cá fora com apenas uns riscos a mais na pele.
Subimos o caminho da pedreira para sair do vale e como muita malta ainda não tinha visto (e nem acreditava) a cascata, fez-se um pequeno desvio para mostrar o achado.
Para não atrasar todo o grupo os que já a tinham visto meteram-se ao caminho regressando de imediato ao Algueirão.
Mirada bem a coisa e ainda com ar de espanto, o restante pessoal também se meteu ao caminho para dar por finda a volta.
Mais uma volta com um bocadinho de tudo em apenas 34kms e chegada perto das 13h30 para os visitantes da cascata.
E agora, a pedido do nosso amigo José Paulo que foi representar o Bicicletando para as terras do Alentejo, segue mais uma crónica.
"Ao fim de várias tentativas de participação no passeio da minha terra natal, foi desta! Uma vez que o amigo Carlos não pode comparecer por problemas cárdio de última hora, cá estou para fazer a crónica. Em16Mai10 foi batido o recorde de participações com 1545 inscritos. Por sinal encontrei até lá um sósia.
Percurso bem pensado, lindas paisagens, segurança dos caminhos com apoio GNR, pequeno-almoço, 4 abastecimentos, incluindo o da barragem do Campilhas (e suas famosas sandes carne assada), tendo demorado 4h50min a percorrer os 70km do percurso. A preparação com este curtido grupo do Algueirão permitiram-me tratar a serra do Cercal por tu e até deu tempo para “trazer” um molho de flores para a Amélia e “plantar uma figueira”. Um abraço a todos os organizadores que estão de parabéns pelo 12º Alvalade – Porto Covo!"
9 de Maio de 2010
Com um dia a amanhecer muito impróprio para a pedalação, cinco loucos tiraram os respectivos traseiros da cama e apresentaram-se para bicicletar.
O S. Pedro deve ter olhado para as nossas caras desoladas e misericordiosamente mandou a chuva ir chover para outras bandas transformando a serra num paraíso para os BTTistas.
Depois de uma curta chuvada que nos fez abrigar durante alguns minutos, seguimos para Sintra onde já nos esperava o Luis algures perto do tribunal.
Cumprimentos da ordem e seguimos para a vila com intenção de amarinhar a serra pelo lado de Monserrate.
Com as nuvens a abandonarem a serra fomos subindo os estrados até ao trilho maravilha para só parar já na lagoa junto aos Capuchos que nunca sei como se chama (se é que tem nome).
Miraram-se os peixinhos, trincou-se a merenda e aproveitou-se para tirar o boneco o mais ao molho possível com o nosso amigo Luis a tentar manter a pose.
Com a serra quase só para nós seguimos para os Capuchos com ideia de continuara a amarinhar serra a cima, agora até ao Monge. Primeiro ainda se hesitou num vamos ou não vamos, mas lá nos atirámos à “mata cavalos”.
A meio da subida travámos amizade com uma pequena salamandra e esperamos tê-la ajudado a atravessar o estradão no sentido certo.
Como a subida é um bocadinho monótona virámos à direita na primeira oportunidade e subimos por um outro caminho muito mais agradável e até curiosamente mais suave.
Fomos subindo, conversando e mirando os trilhos monte abaixo pois estava-se mesmo a ver que a descida ia ser um bocadinho mais radical.
Encontrando uns quantos pedaladores conhecidos aqui e ali, fomos vencendo a subida e quando demos por ela estávamos no Monge.
Depois de chegar ao alto não tem nada que saber, só pode ser mesmo a descer para se sair dali. Uma surpresa desagradável foi o terem aparecido 3 motoqueiros a acelerar trilhos fora, estava convencido que não era permitida tal actividade.
De regresso ao sossego atirámo-nos serra abaixo. Tal era o espírito que nem a nem a refilona de serviço refilou. Já nada é como dantes.
Primeiro por trilhos cicláveis mas que rapidamente ser tornaram num escorrega monte abaixo em que se fazia mais à mão que montado. Uma corrente partida proporcionou-nos uma breve paragem para contemplar a natureza e claro reparar a coisa.
Continuou-se, pois para baixo é que é caminho, num escorrega mas não cai isto claro até o nosso amigo João se por a inventar um trilho e acabar estatelado no chão e sem mossa que a folhagem amorteceu bem a queda.
Chegados ao alcatrão virámos para os Capuchos e descemos a serra via Monserrate para atalhar caminho. Na vila de Sintra tivemos que descer as escadinhas do costume para só então regressar ao Algueirão e dar por terminado mais um domingo com tudo a que um pedalador tem direito.
Chegou-se exactamente às 13h00 com uns quantos quilómetros que nem sei mas ainda a tempo para uma banhoca às máquinas.
2 de Maio de 2010
Como prometido lá partimos para uma volta cultural.
Metemo-nos ao caminho e fomos conhecer a história da aeronáutica em Portugal aqui bem pertinho no Museu do Ar, mas como aquilo ia começar lá pelas 10h00 tinha-mos que “queimar” uma hora e meia em pedalação.
Assim, com pelotão composto, seguimos pelo Algueirão Velho na direcção do Telhal com a malta a dar mais à língua que ao pedal.
Muito blá blá blá blá depois estava-se junto à linha para a primeira descida do dia e também a primeira e única queda do dia desta vez protagonizada pela nossa amiga Patricia.
Assistida prontamente no local pela nossa equipa de emergência e ficou fina para continuar a pedalação.
Continuou-se caminho na direcção das Raposeiras para uma valente subida até ao alto do monte.
Chegados ao alto com um bocadinho menos de fôlego, fez-se uma curta pausa e tratámos de nos atirar monte abaixo que isto de subir sem ter uma descida para compensar até parece mal.
Chegámos a Cortegaça depois de uma barrigada de descidas para então rolar calmamente por alcatrão até ao museu.
Chegados à Base Aérea de Sintra tratámos de deixar as bicicletas bem perfiladinhas junto à porta de armas e ir mergulhar na história da aeronáutica que é para variar.
Terminadas as formalidades da entrada e a surpresa pela dimensão do espaço e quantidade de peças expostas, demos início à visita ao museu guiados pelo Alferes Ivan.
O nosso amigo Luis, aproveitando o estar a jogar em casa, chegou-se à frente e com aquela voz de quem ia por a malta a encher vinte, mas afinal presenteou-nos com uma magnifica viagem pelos primórdios dos voos em Portugal.
Seguiu-se uma explicação, agora pelo guia de serviço, sobre a impressionante evolução da aeronáutica e de como se saltou da passarola para o avião a jacto em poucas gerações. Não esquecendo tudo o que foi voando no entretanto.
Fomos avançando na imensa sala sempre rodeados de aeronaves por todos os lados bem como presenteados com todas as explicações e outras curiosidades sobre as maravilhas que estávamos a ver.
Claro que também fomos aproveitando para ir metendo o nariz e não só em tudo o que era aeronave e outros zingarelhos.
O amigo Pedro, também profissional entendido nestas coisas dos zingarelhos voadores, ia aproveitando para dar o seu contributo com mais umas explicações e outras tantas curiosidades
Ficámos a saber que num museu todas as porcas e parafusos têm uma história para ser contada.
Seguindo de sala em sala, fomos descobrindo o que este museu tem para nos dar. Até encontrei um daqueles sacos com que a antiga TAP presenteava os seus passageiros, isto claro muito antes destas modernices do “low cost”.
Visitámos o hangar dos helicópteros com as histórias que os acompanham e por fim fomos ao exterior para ver mais uns aviões e em especial conhecer um Aviocar por fora e por dentro.
Com o boneco da geral frente ao Aviocar demos por finda a visita, mas não sem antes manifestar o nosso agradecimento ao guia de serviço pela magnífica lição de história bem como pela pachorra de aturar um bando de ciclistas ao longo de quase 3 horas.
Metemo-nos ao caminho via pedreiras para entrar no Algueirão pelo lado da Cavaleira
Resumindo, só pedalámos 22kms e chegámos quase às 13h30 mas em compensação ouvimos histórias da nossa história e enfiámos o nariz em tudo o que era aeronave.
Um muito obrigado ao nosso amigo Luís e à Força Aérea Portuguesa.
25 de Abril de 2010
Fomos em busca de trilhos novos e da famosa cascata de Fervença (Concelho de Sintra). E tivemos sucesso.
Desta vez a ideia não era pedalar muito, era pedalar bem. Que não é o mesmo que pedalar que nem uns malucos, é mais no ir pedalando e conversando com fartura.
A coisa começou bem, até o nosso amigo sempre fora de horas chegou a horas, mesmo dois minutos antes. Estava certamente para cair um santo do altar.
Começou-se por reinventar uns caminhos na direcção dos bombeiros do Lourel com passagem pelo tribunal. Depois passou-se frente aos bombeiros e virou-se para a escola.
Novamente nos trilhos fizemos uma daquelas descidas bem catitas (a repetir) que termina a meio caminho para a várzea. Cruzámos o alcatrão e subimos ao “desafio jovem” onde conseguimos registar uma das quedas do amigo Paulo que estava e estrear-se nestas coisas dos pés presos aos pedais. Sem danos para lá dos morais continuou-se até junto ao cemitério do Lourel.
Com um bocadinho de alcatrão e passou-se junto ao arquivo com destino a Vila Verde.
Aqui e certamente devido à conversa metade entrou em Vila Verde e a outra que estava no automático virou para as praias. Recorrendo às mais modernas capacidades de comunicação (telemóvel) lá se conseguiu reagrupar a malta novamente.
Atravessada Vila Verde lá fomos novamente inventar caminhos. Depois de um “volta que não é por aqui” fomos avançando quase até Fervença e como a nossa ideia era entrar pelo vale lá demos com uma descida quase a pique até lá ao fundo.
Muito giro, mas, há sempre um mas.
E agora onde fica a tal cascata? O barulho vem dali. Ainda subimos um dos trilhos mas não parecia ser por ali.
Lançadas equipas de batedores em quase todas as direcções, uma delas finalmente lança um “é por aqui” … que afinal nem era.
Como estava para cair um santo do altar e à falta de santo calhou-me a mim dar a queda mais parva que se pode imaginar. Parado, preparo-me para o arranque e nem sei como, dou uma cambalhota por cima do guiador que até me rasgou os calções e quase me deixou com a voz aguda. O que me valeu foram os boxers por baixo pois havia de ser uma coisa esperta o ter que voltar em pelota para casa.
Mas um BTTista que é BTTista não se deixa intimidar e lá fui ao encontro da cascata sempre a puxar a camisola para baixo.
Enfiámo-nos ribeira acima e rapidamente descobrimos que o “é já ali” significava muito malabarismo em cima de pedregulhos escorregadios e muitos pés molhados. Voltámos ao vale, subimos à estrada o que afinal era o melhor caminho.
Agora sim, depois de uma pequena descida seguida de um curto trilho aí estava ela.
É fantástica!
Aproximamo-nos sempre a ouvir o barulho da água a cair, mas sem a ver e só depois de contornar um pedregulho é que ela se mostra de uma só vez. É muito maior que o que se estava a imaginar.
Claro que se saltou de pedra em pedra para encontra o melhor ângulo para as milhentas fotografias que se tiraram. Aproveitou-se para fechar a boca de espanto trincando qualquer coisita e depois de muito contemplar a dita, lá nos decidimos a iniciar o regresso.
Um ponto que nos marca pela negativa é a envolvente. É triste a quantidade de entulho e restos da indústria pedreira neste pequeno canto. Até o bonedo da geral foi em cima de um monte de entulho.
Como ainda era cedo enfiámo-nos pelo caminho a pedreira da direcção de Campo Raso meio a medo das lamas, mas a coisa estava ciclável.
Já perto da ponte sobre o IC demos com uma planta meio estranha que nunca tínhamos visto por ali. Parecia uma coisa vinda do outro mundo, uma mutação, isto pelo menos no ponto de vista de um bando de ciclistas verdadeiramente ignorantes nestas coisas da botânica.
Depois de mais uma carrada de bonecos, retomámos caminho de regresso ao ponto de partida.
Em cima das 13h00 e com apenas 22 quilómetros pedalados, estávamos todos satisfeitos não pela quantidade, mas pela qualidade.
Acho que esta foi uma das mais completas voltas que já se fez.
18 de Abril de 2010
Voltinha dos pastéis de nata.
A malta foi chegando, mas começou a cair uma carga de água que nos deixou sem grande vontade de pedalar. Eu ainda fiz 1kms em 3 minutos para chegar ao café, mas acho que fui o único pedalador do dia.
Alterou-se o plano e reeditou-se a primeira volta do ano acafuando-nos num dos carros com destino a Sintra para uma barrigada de pastéis de nata e corpinho seco deixando-se a molha para os outros.
Chegada muito antes do meio-dia… bem, na realidade mesmo antes das 10h00 e uma grande tristeza de um domingo não pedalado.
11 de Abril de 2010
Agora sim a primavera já chegou.
Como já se tinha pensado numa ida às praias desta vez não se ouviu o tradicional “vamos ao Guincho” e com este dia solarengo nada como pedalar perto do mar para carregar as pilhas para mais uma semana de trabalho.
Partiu-se há hora exacta e entre o conversador e fúria do pedal fomos avançando na direcção dos moinhos de S. João das Lampas.
Estávamos preocupados com o nosso amigo Jorge que já não pedala há algum tempo, mas ele rapidamente tomou a dianteira e pedalou furioso com uma data de marmanjos no encalço.
Chegou-se num ápice aos moinhos, tal era a vontade de pedalar, para uma breve paragem para ver as vistas e confirmar que o moinho ainda está onde o deixámos da última vez.
Agora era tempo de deixar as planuras e inventar uns trilhos na direcção do mar. A coisa correu bem, para começar parte do trilho que desce até à Catrivana (mas sem descer ao vale), depois uma viragem à esquerda onde nos esperava um caminho a descer cheio de curvas que foi de encher as medidas. Sorriso largo e claro os primeiros mosquitos a entrarem pelas goelas abaixo.
Como depois de uma grande descida vem uma grande subida, lá estava ela à nossa espera para moer impiedosamente as pernas ao pessoal numa subida em primeiríssima até um lugar curiosamente chamado de “Lugar de Baixo”.
Com uma breve passagem pelo alcatrão retomaram-se os estradões agora já a descer até junto da falésia onde se parou para ver as vistas e claro trincar a bucha.
Contemplada a paisagem e depois de muito nos congratularmos pela sorte que temos em poder pedalar por estas zonas e ainda por cima com um dia como este, entrámos nos trilhos junto à falésia na direcção do Magoito.
Aqui lembra-se os mais aventureiros que este trilho é muito perigoso pois uma pedalada em falso e pode-se acabar lá em baixo bem esborrachado na paisagem. Nada melhor que apear e em caso de dúvida procurar um trilho mais afastado para o interior.
Com uns bocados a pedalar outros à mão fomos avançando na paisagem até à descida pedregosa até ao parque de estacionamento do Magoito onde se reagrupou (nem todos os malucos são realmente malucos para descer aquela coisa pedregosa que alguns chamam de trilho) antes de se fazer a descida até à praia para tirar o boneco do grupo.
Boneco tirado e nada como uma valente subida para ver se a malta consegue pedalar, respirar e conversar ao mesmo tempo. Recuperados da valente subida entrou-se nos já nossos conhecidos trilhos até à praia da Aguda seguido do estradão até às Azenhas.
Aqui já a malta estava a pensar no almoço por isso entrou-se na mata direito à capela de S. Mamede. Seguiram-se os trilhos até à Torre e claro a descida da Quinta da Paz onde o nosso amigo Pedro, já depois de ter sobrevivido a mais uma descida furiosa, aproveitou um confortável molho de cardos para amortecer a queda.
Fez-se a subida “que parece que nunca mais acaba” na direcção do Casal da Granja seguido do antigo caminho das pedras até ao moinho do Roque. Com parte do pelotão a começar a ficar com a perna gasta, foi-se avançando até ao Lourel para mais uma longa subida (no final das voltas todas as subidas são longas!) até ao Algueirão onde se chegou mesmo às 13h00 com ~41Kms bem pedalados e o estreante fresco que nem uma alface.
2 de Abril de 2010
Como não tínhamos ficado vacinados da última vez, fomos refazer a Volta dos Duros mas desta vez sem enganos.
Com um estreante e o reaparecimento do nosso amigo Pedro Silva, lá nos fizemos ao caminho convictos que era desta que fazíamos a volta toda e até chegávamos a horas…. pois…
Primeiro muito rolante e com alcatrão quanto baste descemos ao Sabugo, passámos Olelas e só depois de Almargem do Bispo é que se retomou a terra e os calhaus debaixo das rodas junto ao monte Rebolo que afinal é para isso que por aqui andamos.
Primeiras subidas mais a sério e com a primavera a fazer-se sentir lá se teve que aliviar a roupa numa estranha sessão de strip a 3.
Primeira descida digna desse nome acompanhada dos respectivos sorrisos rasgados seguida do acrobático trilho das pedras até às pedreiras onde se deu largas à fúria do pedal mas com tempo para as respectivas paragens para apreciar a natureza.
Chegados a S. Eulália retomou-se o ritmo turístico-conversador, e já com o monte Funchal mesmo pela frente foi-se fazendo a longa subida até à base do monte.
Aqui só 3 destemidos se atiraram estada acima em primeiríssima até ao alto do monte (manias) pois a ideia era contornar a coisa que o trilho até é bem giro.
O Pedro é que já dizia “então venho eu de tão longe para ir passar quase à minha porta”, o que até é irónico depois do interregno entre a primeira volta (comer pasteis a 3 de Janeiro) e esta.
Algures numa das casas ao longo do trilho encontrámos uma preciosidade que aqui reproduzimos e é certamente mais um contributo para uma língua que se quer viva com ou sem acordos ortográficos. O inconveniente é que com o tempo que se demora a contemplar tal aviso certamente já o animal para o qual devemos estar atentos nos ferrou a dentadura.
Contornado o monte tínhamos agora a vertiginosa descida na direcção de Magra Gare. Aqui, seguindo os nossos princípios, ainda tentámos remover o “tronco” que obstruía o caminho, mas desta vez nem a “motosserra portátil” nos valeria, ficou a intenção.
Chegados a Mafra Gare, novamente alcatrão e ritmo turistico-conversador na direcção da Lage.
Começou-se a subir até aos moinhos e como a paisagem estava mesmo a pedir tratou-se do boneco da geral antes que nos desse a fúria do regresso. Mais à frente, desta vez entrámos no trilho certo que nos poupou uma grande volta atalhando-se até ao Ramilo.
Trilho estranho no meio de nada, mas com iluminação.
Desta vez não podíamos falhar. Tínhamos a coisa bem estudada, o mapa em volta da aldeia da Mata Grande, os trilhos no GPS. Atirámo-nos monte abaixo e esperámos, esperámos…. Esperámos. Pois…. desta vez perdemos 3 pedaladores que não desceram o trilho até ao final e viraram antes para a esquerda indo parar à aldeia da Mata Pequena. Com a ajuda das novas tecnologias lá marcámos o ponto de reencontro seguindo os restantes 4 em busca do trilho perdido.
Depois de uns “não deve ser por aqui” e a preciosa ajuda de um simpático casal de idosos lá demos com o caminho.
É simplesmente fantástico. Um vale estreito e meio perigoso pois se falharem o trilho têm pelo menos uma queda de um metro garantida para dentro da ribeira e garanto-vos que o problema menor é o ficarem molhados. Ainda se atravessa um pequeno regato com queda de água e tudo.
Quando se chegou ao fim a vontade era voltar a subir só para o descer melhor, mas já se fazia tarde e tínhamos o resto da malta à espera, lá teve que ser.
Atravessámos a ribeira e apanhámos os extraviados a meio da subida para Rebanque aproveitando todos os momentos para fazer pirraça e contar tantas vezes quantas as possíveis as maravilhas que eles tinham perdido. Acho que nos mandaram para uns quantos sítios umas quantas vezes.
Em Rebanque e depois de uma valente subida desde o fundo do vale, entrámos nos trilhos paralelos ao IC que nos levam até Armés.
Com a hora a avançar, atalhou-se onde foi possível direito a Campo Raso para se fazer a entrada no Algueirão pela Cavaleira.
Despedida rápida depois de pedalarmos ~45kms por esses montes fora com tudo o que era subida e descida pois já se estava mesmo em cima das 14h00.
… um dias destes acertamos de vez com esta volta … ou não…