- 28 de Março 2010
Sete temerários pedaladores reuniram-se para uma voltinha subsónica até ao guincho mas como eu estou de folga à crónicas hoje temos não uma mas duas tal foi a dimensão do evento.
Primeiro pelo nosso amigo Pedro Monteiro...
"Após várias semanas de insistência (que até já chateava) lá consegui convencer a malta a ir até ao Guincho, deve ser para terminar o trimestre em grande!
Como de costume o arranque fez-se de forma calma e conversadora, rumando até à Vila de Sintra, via tribunal. Iniciámos a subida por Seteais, ainda em alcatrão, virando depois em direcção aos Capuchos, aí já pelos nossos caminhos preferidos, com muita terra e algumas poças de lama para animar as hostes. Sempre na conversa chegámos ao parque de estacionamento dos capuchos sem darmos por nada e a uma hora nunca antes vista (a malta estava mesmo com uma grande pedalada).
Ainda houve uma proposta (tímida) de se subir ao monge, mas resolvemos contorná-lo e num abrir e fechar de olhos já estávamos a descer para a Malveira. E que descida, neste tipo de descidas é um crime tocar nos travões.
Com uma variação já conhecida, contornámos a Malveira e entrámos na estrada que nos levou ao inicio da tão esperada e desejada descida até ao Abano, como isto do peso nas descidas é importante, os mais cuidadosos tiveram de aliviar peso para não atrapalhar.
Dando os espaços de segurança, começámos a descer com a gritaria do costume, pois estes cardos e arbustos arranham mesmo as pernas e com as chuvas das últimas semanas o caminho tinha mais umas covas que o habitual, mesmo assim a malta chega lá abaixo com um sorriso de orelha a orelha.
Abancámos na praia do Abano para o boneco da geral (ainda um pouco excitados com a descida) e repor as energias.
Já recompostos nada como uma bela subida, em primeiríssima, até ao forte para, por um instante apreciar a paisagem e iniciar o caminho de regresso. Seguindo por Murches e a tal descida que mais parece uma subida que nos levou até à estrada de alcatrão da Lagoa azul. Fizemos o resto do caminho via prisão e chegámos ao ponto de partida pouco depois das 12:30, com cerca de 43Km andados. A malta estava mesmo com a pilha toda."
E a versão B pela nossa amiga Amélia...
"Partida do café do costume que por acaso não se chama costume mas outra coisa qualquer, à hora do costume que por acaso não era a hora do costume porque mudou a hora.
Saíram pois 7 ou 8 marmanjos de bicicleta ás costas, sim porque nas fotos eles só aparecem com as ditas ás costas rumo ao Guincho terra prometida de um dos marmanjos, pois porque sempre que se pergunta para onde vamos a resposta é sempre a mesma lá grita ele na sua voz desafinada Guincho. Vá-se lá saber porquê?
A meio do percurso pausa rápida para uma mijinha estrategicamente enquadrada na paisagem e na respectiva fotografia sim porque estes marmanjos não fazem a coisa por menos e pronto volta dada missão cumprida, para a semana há mais.
Vejam lá é se mijam em casa."
E acaba-se assim em grande o primeiro trimestre de 2010.
- 21 de Março 2010
Com o dia a começar com um solzinho apetitoso e já um bocadinho fartos da serra de Sintra, fomos para os lados da Carregueira para desenjoar.
Com todos a horas (extraordinário) e uns quantos reaparecidos, partimos em direcção ao alto da Tapada para fazer a descida entre muros até Meleças. Parece que não fomos os únicos pois encontrámos um carro abandonado que parece não ter cabido no entre muros para além de já estar em avançado estado de canibalização.
Já em Meleças, atravessou-se para a Tala saindo então do alcatrão após a passagem sob o IC.
Já nos trilhos em volta da Carregueira temos os primeiros contactos com as águas, mas como o dia está tão bonito até apetece molhar os pezinhos, que o digam os corredores que até voltaram a trás só para fazer um boneco dentro de água. Continuando em ritmo conversador amarinhámos até ao alto da Venda Seca seguindo então direitos à zona dos porcos.
O nosso amigo Pedro ainda fez “bche, bche, bche” de mão esticada a ver se um dos animais se punha a jeito para o almoço, mas o bicho pode ser porco mas não é parvo e pirou-se.
Seguimos pela descida do boi em direcção ao “free-ride”, agora convertido em “paintball” para mais uns animados “single tracks”. Cruzámo-nos com mais um grupo de pedaladores junto aos moinhos e atirámo-nos por aquele trilho maravilha abaixo na direcção da ribeira.
Paragem breve para reagrupar seguido de uma subida em pedaleira pequena que isto não se consegue fazer a volta toda só com descidas. Chegados aos cemitério de Belas, nova descida até à ribeira com o mesmo nome onde se iniciou a longa subida até aos postes de alta tensão.
Sem grandes lamas foi-se vencendo o caminho e numa das zonas que nos pareceu a mais bonita fez-se a paragem para a tradicional fotografia do grupo sobre uma pequena ponte.
Algures neste trilho ganhámos uma amiga de quatro patas que nos acompanhou o resto do caminho, mesmo com uns “xô, vai aos teus donos” insistiu em acompanhar sempre qualquer que fosse o ciclista que ia na frente do pelotão. Chegados finalmente ao alto deste longo trilho, não sem antes reparar uma corrente partida, iniciou-se a descida até ao túnel. A descida tudo bem, agora não estávamos à espera de um lamaçal daqueles mesmos lamacentos, quem não se chateou nada foi a Eva (a nossa amiga de quatro patas) que se rebolou feliz em todas as poças de lama que nós acrobaticamente tentávamos evitar.
Mas isto não era tudo no relativo a dificuldades pois quando chegámos ao túnel a coisa mostrava-se um bocadinho “húmida”, mas como os sapatinhos estavam a necessitar uma lavagem acabou por até servir como lava-pés saindo todos os pedaladores limpinhos do outro lado.
Seguiu-se a grande subida até ao alto do Belas Clube onde novamente se fez um telefonema para os donos da Eva para poder-mos fazer a entrega do simpático animal.
Passou-se a prisão em direcção ao Moinho e como hora ia avançando e o céu azul estava a ser gradualmente encoberto por umas nuvens muito negras aventurámo-nos no trilho directo do moinho até ao Telhal. Penso que aqui para além de atalhar caminho foi também para fazer pirraça ao João que ficou de molho em casa a recuperar da última queda.
Reparou-se um furo (sim eu também furo) feito algures nos calhaus desta bastante difícil descida e quando pensávamos que já tínhamos molhado os pés o suficiente deparou-se-nos uma verdadeira e incontornável travessia aquática. É, desta vez até eu, que não sei bem como consigo safar-me sempre sem molhar os pés lá tive que pedalar com água quase até aos joelhos.
Mas se achávamos que o problema era apenas a água que se empossava no chão, estávamos bem enganados pois a nuvens foram engrossando e já muito perto do Algueirão o céu abateu-se sobre nós. Mas que grande carga de água, nem andámos mais que 10 minutos com chuva, mas aquilo foi até ao osso num pedalar desenfreado de regresso ao ponto de partida.
Mas veja-se pelo lado positivo, hoje não foi necessário lavar as bicicletas.
Chegámos pouco depois da 13h00 e com pouco mais de 30Kms mas molhadinhos até ao osso.
- 14 de Março 2010 Com o sol finalmente a mostrar que afinal sempre é para todos partimos para mais uma das nossas aventuras pedalísitcas por esses trilhos fora.
Depois de avaliarmos as propostas do dia, decidimo-nos por uma ida às praias que isto de ver o mar faz muito bem aos neurónios já para não falar do bem que faz à pele … ou isso será só a lama?
Pela hora do costume e com um cardume já grandinho que isto de aparecer o sol faz sair a malta dos buracos, iniciámos a descida para Sacotes e ainda não estávamos a meio já tínhamos uma chamada do sempre fora de horas mano novo para saber onde andávamos para vir ter connosco.
Atravessou-se o IC e rumou-se a Vila Verde e depois à Aldeia Galega pelas estradas secundárias e trilhos já nossos conhecidos.
Os caminhos nesta zona têm uma grande vantagem pois permitem-nos dar quase tanto à língua como ao pedal. Muita conversa põe esta malta em dia aos domingos. Primeiros contactos com a lama, mas nada de especial e as meninas até tiveram tempo para uma pose sem “gajos” ao barulho.
Primeira aceleradela do dia, com aquela grande recta que acaba numa subida manhosa onde normalmente se acabam as mudanças baixas antes de chegar lá acima.
Para acabar com os medos descemos aquele trilho onde o nosso amigo Pedro deu cabo de um pé e que agora requer uma bela limpeza pois os ramos e árvores que removemos não chegam para repor a coisa. Já no final demos de caras com um grande rebanho de ovelhas e seu paciente pastor que teve a amabilidade de deixar passar os ciclistas antes de largar a bicharada trilhos abaixo.
Estávamos no vale da ribeira que desagua na praia do Magoito e com umas vaquinhas e sua descendência a mirarem-nos do seu pasto fomos atravessando as poucas lamas mas muitas poças que iam aparecendo pelo caminho. Chegados ao final, nada como o trilho do sobe e desce para fazer trabalhar a perna que isto só de descidas não abre muito o apetite.
Ainda pouco trilho trilhado e eis que se nos depara um desafio à altura dos mais temerários, uma poça de lama digna desse nome.
Eu desmontei, gosto de ser um herói seco. A maioria seguiu o exemplo, mas temos sempre uns quantos que depois de um “suas meninas, isto é assim que se faz!” lançam-se ao desafio.
Desta vez a coisa não correu lá muito bem ao nosso amigo Pedro que, num dos seus números de malabarismo, conseguiu ganhar uma cor bastante uniforme de um dos lados do corpo depois de uma magnífica reboladela no lamaçal. Temos bonecos, mas infelizmente não temos filme e este teria certamente muita audiência.
Alegria geral pois a malta só se ri da desgraça dos outros e assunto para o resto da volta. Mas visto pelo lado positivo este nosso amigo vai ter uma pele muito mais macia para o resto da semana mesmo que seja só numa perna e num braço.
Reposta a normalidade, seja lá o que isso for, seguiu-se monte acima que ainda não vimos o mar e foi para isso que nos atirámos hoje ao pedal.
Já no alto contornou-se o vale e pouco tempo depois estava-se no nosso já conhecido marco geodésico junto à praia do Magoito. Mirou-se bem as vistas, trincou-se o lanche e deu-se com fartura ao dedo com as máquinas fotográficas enquanto se abanava a cabeça e se repetia um “… mas que belo dia de sol, já não se via disto há muito…”.
Ver o mar tem um efeito hipnotizante pois a vontade era a de ficar ali simplesmente a olhar para o azul, mas olhar para o azul ainda não faz a bicicleta andar para a frente por isso, relutantemente, lá nos fomos arrastando pelos trilhos ao longo da falésia direitos à praia da Aguda.
Este silêncio claro que teve que ser quebrado pelo barulho das duas rodas a quatro tempos que gostam de andar a acelerar por ali. Mas como cá se fazem cá se pagam (as nossa pragas, rezas e macumbas também devem ter ajudado) tivemos o prazer de desfrutar do sempre gratificante espectáculo de mais um motociclista acrobata a aterrar na lama.
Depois da Aguda vêm as Azenhas onde para encurtar caminho (e por outras razões) nos enfiámos na famosa (e única) ciclovia do concelho de Sintra direitos a Janas. Mais uma vez a dar mais à língua que ao pedal fomos avançando já com as ideias mais voltadas para o almoço.
Enquanto se reagrupava ainda se puseram algumas bicicletas de molho para ir amolecendo a lama o que não adiantou muito pois mais à frente o caminho não estava tão seco como seria desejável o que rapidamente repôs os nível de lamaçal nas máquinas.
Na descida da Quinta da Paz os nossos amigos Pedro e João tiveram que fazer a picadela do costume que por sinal não acabou lá muito bem para João pois acabou no chão. No momento a coisa não lhe pareceu ter corrido muito mal pois estava inteiro, mas no final do dia lá teve que ir ao senhor doutor para fazer uma “ecografia às partes moles” (palavras do próprio). Soube-se mais tarde que é só dorido (as partes moles vão continuar moles) por isso vai ficar um domingo de castigo para recuperar mais rapidamente. O nosso amigo Carlos (não pode ver nada) também se atirou para o chão já na ribeira valendo-lhe o spray milagroso da nossa amiga Amélia.
Amarinhou-se até ao Casal da Granja seguindo-se depois até Alpolentim onde se reabasteceu de água que se esgotou mais rapidamente que o normal. Passou-se o Ral e Campo Raso, fez a travessia sobre o IC entrando-se no Algueirão pelo lado da Cavaleira.
Ainda se teve tempo para uma bem merecida lavagem às máquinas antes de regressar ao ponto de partida e dar por finda mais uma das nossas voltas desta vez coisa para ~36Kms com chegada pouco depois das 13h30.
- 7 de Março 2010 Com mais um dia como este, ficou mais que comprovado que o S. Pedro também pedala aos domingos na serra.
Começamos a pedalação à hora prevista, ou melhor quase começamos pois os sapatinhos da nossa amiga só chegaram mesmo em cima da hora o que levou a uma pequena pausa para operação “troca sapatinhos” para então sim nos fazermos ao caminho.
Como o destino era a serra e já a tínhamos amarinhado por quase todos os ângulos, nada com reinventar um caminho já há algum tempo esquecido. Seguimos em ritmo conversador direitos à Penha Longa com ideia de a contornar para então sim trepar a serra.
O primeiro contacto com o rescaldo das grandes chuvadas deu-se no caminho por detrás das Doreoteias onde quase se molhou os pés numa animada travessia aquática.
Continuou-se a pedalação agora na direcção do autódromo para mais um caminho bem aguado onde quase não se distinguia a canoagem com o BTT. Passada esta dificuldade chegou-se à Penha Longa e para não fazer o caminho que já sabíamos ter muita lama logo por detrás do autódromo seguimos um outro que se mostrou bem melhor mesmo tendo que se recorrer às canoas e mesmo às capacidades alpinistas para a descida final.
Com alguma lama já agarrada às máquinas fomos descendo os trilhos agora transformados em ribeiras como forma de ir adiantando a incontornável lavagem no final da volta.
Mas se achávamos que tínhamos apanhado lama, estávamos enganados pois deparámos com uma zona rapidamente alcunhada de “campo de batatas lavrado” e que se mostrava um verdadeiro desafio. Vamos, não vamos, e o nosso amigo João nem espera, atira-se ao “campo de batatas lavrado” a pedalar que nem um maluco até, de repente se afundar. Aquilo foi até aos eixos.
Mas o pior era sair dali, se puxava a bicicleta, afundava os pés. Mas deve ter sido do solzinho bom que se pôs, a malta estava feliz a chapinar no lamaçal e até fomos presenteados com um “motoqueiro” que nos quis mostrar como se atravessa um “campo de batatas lavrado” e conseguiu. Foi um dos momentos altos do dia ver não só uma acrobática cambalhota por cima do guiador com aterragem de costas mas também os das quatro rodas a terem que quase passar pela vergonha de ter que ser rebocados pelos ciclistas para saírem dali.
Passada a tormenta chegamos à zona entre a Penha Longa e a serra que está lindíssima pintada de verde amarelo onde aproveitámos para fazer a paragem do dia para repor energias e tirar mais um animado boneco da geral.
Recuperadas a energias, recontada a história do lamaçal e especialmente a acrobática manobra do motociclista fizeram-se mais umas quantas fotos desta muito bonita zona. Recomeçou-se a pedala e chegou-se a um largo verde e amarelo prado com a serra logo à frente. São estes bocadinhos que nos dão gozo e energia para o resto da semana bem como para uma subida à serra que se mostrará um bocadinho mais trabalhosa que o habitual.
Continuou-se que para a frente é que é caminho e já pertinho da barragem temos um pneu a necessitar ar como que a adivinhar que a sua câmara-de-ar já estava nas últimas.
Mas que é que isso interessa depois daquela paisagem, dá-se à bomba e segue-se caminho.
Breve paragem para mirar a barragem cheia até ao gargalo e agora é só subir que os Capuchos ficam já ali. A coisa até que nem começou mal, mas com a subida parecia não querer ter fim e para ajudar uma grande quantidade de valas atravessam agora o caminho tornando algumas zonas impossíveis de passar montado.
Depois de uma pequena pausa para respirar atacaram-se os últimos e mais difíceis metros da já longa subida e estava-se finalmente no cruzamento dos Capuchos onde se procedeu à troca da câmara-de-ar do amigo Hélder.
Mas que grande prego. Ficou claro que assim não há “nhanha” que resista, mas nada que não se resolva com recurso à câmara de reserva.
Com uma das manas a dar sinal de que ficar em casa com um pé de molho não é a melhor preparação para vir pedalar para a serra com este molho de malucos/as, tentou-se fazer o resto do caminho todo pelas descidas (como se isso fosse possível) deixando apenas a do “arco da mentira” para o final.
A meio da descida ainda tivemos tempo para uma partida onde simulámos uma queda em que todos estávamos mais preocupados em tirar fotografias ao acidentado que a ajudá-lo. Funcionou, a nossa amiga Amélia caiu que nem uma… Amélia.
Depois da gracinha e do “ah ah ah… muito engraçados… seus estupores” continuou-se serra abaixo onde nos cruzamos com uma apanhadora de cogumelos que nos esclareceu sobre as suas qualidades e perigos.
Já no alcatrão rumou-se a Sintra via “arco da mentira” (mais uma subida) chegando-se à vila onde alguns dos mais afoitos se atiraram às escadinhas como se não chegasse o sobe e desce que já se tinha feito. Reagrupou-se no largo do palácio e fizeram-se os restantes quilómetros de regresso ao ponto de partida.
Com uma visita à máquina de lavar máquinas e arrebanhar moedas, demos por terminada mais uma volta daquelas com tudo a que um pedalador tem direito, sol inclusive.
- 28 de Fevereiro 2010
Com a nossa amiga Amélia de regresso à pedalação preparou-se uma coisa ligeira, não porque estávamos muito preocupados, mas só para não a ouvirmos sempre a reclamar “… quê!! aquela subida? Não tinham lá nada mais difícil?” durante 35Kms.
Saímos à hora do costume, do local do costume, para encontrar o atrasado do costume no sítio do costume e então já com sete pedaladores fazer uma incursão à serra de Sintra pelo lado das descidas.
Começou-se por descer o caminho dos castanheiros onde pudemos constatar os sinais do mau tempo na serra pois tivemos que ultrapassar uma zona onde uma derrocada nos cortou o caminho.
Meio a pé meio montados fomos chegando junto do campo de treino de golfe que por agora não é mais que um pasto para cavalos. Continuou-se por trilhos conhecidos na direcção de Galamares onde o sol mesmo meio encoberto proporcionou os primeiros momentos de striptease. Pouco depois chegou-se a Gigarós onde se fez a primeira paragem do dia junto à capela para ganhar vontade para as subidas que se aproximavam.
Até aqui se era tudo calmo, calmo continuou com umas subidas a pedirem um bocadinho mais das pernas até se chegar junto ao tanque em que ser fez nova paragem para mais uma sessão de bonecos onde se incluiu o boneco de grupo.
Depois de mirados os caminhos possíveis (a subir claro) e de muita indecisão escolhemos o da esquerda (de quem sobe) pois é “…só um bocadinho a subir e depois já acaba” e assim fomos subindo, subindo, subindo, subindo…. que os Capuchos são já ali…
O que vale é que estava tudo com vontade de subir e até se teve tempo para brincar aos salta-pocinhas como se água fosse uma novidade na nossas voltas.
Por sinal esta subida até dá uma descida muito interessante havendo mesmo uns quantos malucos de a desceram só para ver ser era verdade, claro que depois tiveram que a amarinhar outra vez.
Finalmente chegámos ao topo da subida junto aos depósitos de água perto dos Capuchos e como a hora vai avançando virou-se à esquerda para fazer o trilho maravilha ao contrário.
Para não se fazer a subida do estradão atalhou-se por um caminho paralelo que poupando a subida se mostrou algo difícil pela quantidade de água e sobretudo a zonas de terreno mole que pareciam colar-nos ao chão.
Continuou-se até meio do trilho maravilha onde se optou por entrar no alcatrão para aligeirar a coisa e rolar até ao inicio da merecida descida da folhas.
Como tínhamos visto numa das voltas anteriores um caminho alternativo aproveitámos e fomos ver se era mesmo verdade, e era.
Depois de limpar uns quantos ramos e desviar umas pequenas árvores caídas recuperámos um trilho há muito abandonado que elevou a outro nível a já deliciosa descida.
Finalmente chegámos frente a Seteais e de novo no alcatrão só nos restava o regresso ao ponto de partida. Depois da já tradicional descida das escadas rumámos a casa do nosso amigo Luis para uma rápida lavagem e só depois fazer os restantes quilómetros até casa o que até ajuda a secar as máquinas.
Pouco passava das 13h00 quando se deu por terminados mais 30kms de magnífica pedalação
- 21
de Fevereiro 2010 Só vos digo, foi do melhor, mas que belo dia para se pedalar na serra.
Com a coisa a prometer chuva mas com a temperatura no ponto certo só nos restava um local para ir pedalar, a serra de Sintra.
Inicialmente com quatro elementos juntando-se o quinto já na Estefânia, tratámos de atacar a serra pelo lado de Monserrate.
Ainda no alcatrão e pouco depois de Seteais, efectuámos uma operação de limpeza da via com recurso à nossa motosserra portátil com a qual tratámos de serrar o bocado da árvore que obstruía a via. Depois desta bem sucedida e meio malabarista operação continuámos caminho até Monserrate para então entrar nos caminhos e subir a serra. Com conversa a puxar conversa e sem sinais de chuva (nem de outros pedaladores) chegámos rapidamente aos Capuchos para a paragem do costume para a bucha e respectivo boneco. Já se estava a fazer pose quando finalmente apareceram mais uns quantos e corajosos pedaladores que também se mostravam espantados com desértica serra (sem BTTistas).
Como a história do “é hoje que vamos ao monge” já se ouvia há muito tempo e nada de ir ao monge, não foi tarde nem cedo e toca de amarinhar a “mata cavalos” com uma breve paragem a meio para respirar e tirar o boneco.
Continuando a subir chegou-se finalmente ao monge e começou então o “agora é até à Praia da Adraga ou ao Guincho” e a coisa esteve quase, mas na descida a coisa complicou-se com a carrada de água que começou a cair o que nos levou a um “direita volver” de regresso à zona norte da serra que por sinal até tinha sol.
Num trilho meio a descer contornámos o monge acabando a meio da “mata cavalos” por onde regressámos aos Capuchos.
Aqui fomos testar o que resta do trilho maravilha que agora não é mais que uma pista de obstáculos variando entre o lamaçal (pedalável) e os restos dos cortes das árvores que insistem em se atravessar no caminho.
Sempre a bom ritmo retomou-se o alcatrão já na Tapada do Mouco onde se fez a ligação até à descida das folhas que com a variante que encontrámos já não temos que andar a fazer malabarismos para saltar o muro tendo no entanto que apear para saltar o mesmo muro, mas um pouco mais acima.
Descida furiosa até a Seteais e já está a volta quase feita faltando apenas a tradicional descida das escadinhas já pertinho do Palácio de Sintra.
Pedalou-se de regresso ao Algueirão com um pequeno desvio por casa do amigo Luis para uma rápida lavagem, terminando-se em beleza os ~32kms de sobe e desce, chegando-se pouco depois das 12h30 e já com as máquinas lavadas e oleadas.
- 14 de Fevereiro 2010
Com o dia a amanhecer muito frio, seis corajosos pedaladores e uma ainda mais corajosa pedaladora, partiram para a prometida volta ao quarteirão, mas como só uma voltinha ao quarteirão certamente iria saber a pouco, acrescentaram-se mais uns quarteirões e pedalou-se pelas redondezas.
Seguimos para Ranholas por Vale Flores com um misto de pedalar e dar à língua que pelos vistos era a melhor forma de aquecer. Perto da prisão amarinhou-se a serra e as queixas com o frio deram lugar às do “é pá não tinhas nada menos a subir”, mas o certo que chegámos todos quentinhos ao alto da Quinta de Penaferrim.
Ainda se pensou em inventar, mas como tínhamos combinado com o nosso amigo “sempre fora de horas” Luis nas Lagoa Azul, regressou-se ao plano A e desceu-se até junto dos viveiros na direcção da lagoa. O caminho que fica paralelo à N-9 e passa por de trás das Doreoteias está a sofrer o mesmo tratamento que a maioria dos caminhos da serra, ou seja, está todo escavernado, mas passa-se. Já na lagoa miraram-se as vista e opinou-se sobre a nova máquina do amigo Joaquim e assim que o Luis chegou tratou-se de regressar à pedalação para o corpo não arrefecer muito.
Contornando a lagoa, regressou-se ao alcatrão para ir apanhar o estradão dos jipes mas um bocadinho antes passara por nós dois pedaladores convictos que se atiraram a um caminho que sabíamos não ter saída (pelo menos montados nas bicicletas) e vai de os seguir.
Pois é, estavam perdidos, e mais à frente voltavam para trás e perguntaram-nos por onde era a saída. Como inverter a marcha não era opção, inventou-se um salta muros de conveniência que por sinal se mostrou uma alternativa interessante.
Iniciou-se a longa subida serra acima sempre em ritmo conversador e quando demos por ela já se estava no alto da Tapada do Saldanha onde se fez uma breve paragem para o lanche.
Vimos passar muito pedalador a bater o dente enquanto mastigávamos o lanche quando já se sentia novamente o fresco a entra no corpo nada com retomar a pedalação mas agora serra abaixo.
Iniciámos as hostilidades com uma valente descida que mais parecia “rafting” e onde um ilustre desconhecido tratou de amortecer a queda como corpo mas sem dano aparente que ele conforme caiu também se pôs em pé e a pedalara furiosamente.
Abandonou-se o trilho maravilha continuando a descer pelo trilho de onde retirámos uma árvore numa das últimas incursões (gozar os proveitos do trabalho) e que já se mostra bem ciclável (ou os nossos padrões já não são os mesmos).
Passando Monserrate, continuou-se a descer até Galamares onde se aproveitou para uma breve pausa com direito a boneco.
Apontou-se ao Cabriz já a pensar no almoço e sobretudo no banho quente.
Antes do forno de cal ainda tivemos que por à prova as nossas capacidades náuticas com uma travessia em águas profundas isto claro com a sob o olhar curioso de um asno que certamente se interrogava se o asno era só ele.
Subiu-se meio a despique o trilho até aos arquivos da Câmara virando então para o Lourel para a subida final até ao Algueirão.
Chegou-se bem cedinho e pouco depois das 12h30 já até as biclas estavam lavadas juntando-se os pouco mais de 32Kms ao curriculum.
O nosso amigo Joaquim, que pelos visto ficou viciado nestas coisas do BTT, é que não só aproveitou a volta para contemplar a paisagem mas também para se ir atirando aqui e ali para o chão. Isto é que é gostar da natureza.
- 7
de Fevereiro 2010
Era para ser a reedição da volta dos duros, mas como para além de alguns dos trilhos já não se encontrarem disponível eu também me perdi algures perto do Penedo Lexim.
Ainda estou a pensar porque é que a malta não me linchou logo ali quando chegámos à Igreja Nova.
A crónica completa em
A Volta dos Duros
- 31
de Janeiro 2010 Começou com uma chuvinha manhosa, mas depois o S. Pedro (que também anda de bicla os domingos) limpou as nuvens e deixou o sol aquecer o corpo.
Olhando para o horizonte, só mais oeste é que a coisa parecia menos mal, por isso rumámos na direcção das praias. Ainda não tínhamos um quilómetro nas pernas e pareceram os nossos amigos da Cavaleira que se nos juntaram (e por sinal “gramaram” com uma volta quase igual à que tinham “gramado” da última vez).
Seguimos para o Lourel onde nos cruzamos com o Pessoal do Lourel e claro fez-se a sessão de cumprimentos da praxe.
Retomou-se a pedalação e no entretanto pareceu o nosso amigo Luis para compor o molho. Sempre tentando não entrar nos lamaçais, avançamos para Alpolentim onde inventámos um caminho que certamente não vamos encontrar novamente.
Sempre na conversa, fomos avançando até junto da capela de S. Mamede (aquela redonda) onde nos atirámos à longa descida até às Azenhas do Mar. Descemos à praia para uma paragem para o lanche e uma sessão de bonecos a tudo o que era bonecável. Os mais atrevidos até desceram as escadas de bicicleta e a nossa amiga ao visitar a praia (a pé) atirou-se para o chão de tal maneira que até ficou de pezinhos no ar (depois chega a casa toda negra e diz que fomos nós) mas nada de grave.
Retomou-se caminho direito à Praia das Maçãs onde para atalhar caminho seguimos praia fora. Não contávamos era com uma travessia tão rocambolesca da ribeira, o nosso amigo Luis virou o boneco (pena não termos foto) e quase só ficou com o nariz de fora.
A nossa amiga, depois de uma sessão de equilibrismo nas pedrinhas, rendeu-se e descalçou os sapatinhos e … descalça foi para a fonte pela verdura … ou melhor para a outra margem.
Reagrupados na outra margem e acartámos a bicicletas falésia acima.
Na operação de escalar a falésia eu tive um pequeno incidente ao montar a bicicleta, daqueles que até nos fazem mudar de voz, que quase me esborrachei no chão. Os meus amigos ao invés de ajudar, nada, rebolaram-se a rir com as dificuldades que um ciclista se vê exposto.
Seguindo caminho, chegámos à Praia Grande onde se tirou o boneco da geral e tendo em conta a hora avançada, já não fomos ao Monge atalhando-se para Colares. Como a coisa estava um bocadinho plana subimos à Eugaria para fazer o caminho de regresso ao longo da serra.
Algures perto de Galamares, num dos trilhos, ouviu-se um “crraacc” característico de uma corrente a partir o que nos obrigou a uma breve paragem para repor a normalidade. Depois de mais uma reparação bem sucedida continuou-se caminho pelo golfe para então atacar o caminho dos castanheiros mas agora serra acima. Como a coisa estava a fazer-se tarde uns quantos começaram a acelerar o passo fazendo-se ao caminho que o almoço não espera. Os restantes e depois de recuperado o fôlego junto ao palácio seguiram para casa do nosso amigo Luis que mais uma vez disponibilizou os necessários instrumentos para lavagem às máquinas.
Chegou-se perto das 14h00 e com quase 40kms de pedalação para juntar ao já longo curriculum.
Um obrigado ao pessoal da Cavaleira pela companhia.
- 24
de Janeiro 2010 Com um dia a começar meio chuvoso, a coisa até se compôs para mais uma amarinhação à Serra de Sintra.
Depois dos avisos “então e capacete?”, “olha que a cabeça é tua” ao estreante, começou-se a já tradicional pedalação até à Vila para a apanhar o nosso amigo Luis pelo caminho. Depois das voltinhas do costume frente ao palácio começou-se então a trepar a serra pelo lado de Monserrate.
Depois de ser entrar nos estradões, decidimos entrar num dos trilhos que ainda se encontra meio “em bruto” fugindo assim ao estradão e poupando uma subida um pouco mais exigente. Mas estávamos condenados ao trabalho árduo, pois uma árvore atreveu-se a atravessar-se no nosso caminho e teve que ser removida à base de músculo e da magnífica motosserra portátil que corta um pinheiro enquanto o diabo esfrega o olho.
Operação executado e terminada com sucesso e estava-se de novo a pedalar serra acima para entrar no que resta do trilho maravilha e aproveitar aquela descida até á lagoa. Esta descida encontra-se cheia de regos fundos o que a torna muito perigosa sobretudo por ser tão apetecível largar travões serra abaixo.
Breve paragem para contar como foi e trincar parte da merenda, seguindo-se então para os Capuchos onde se tirou o boneco de grupo e também encontrámos os atletas que corriam serra fora em direcção ao Cabo da Roca e que nos forçou a uma mudança de plano. Seguimos por terra até à Peninha e eis que para além de já não chover, o sol mostrou-se e as nuvens levantaram o suficiente para se apreciar a bela paisagem sobre a baia de Cascais.
Reagrupámos no parque da Peninha para deixar respirar a malta depois da subida dos burros e atirámo-nos à descida “fofa” por de trás do parque das merendas. Mais uma de sorriso na cara (para quem gosta) depois de mais uma descida daquelas mesmo a descer.
Continuou-se caminho de regresso aos Capuchos e como já se fazia tarde atalhou-se por alcatrão (o trilho maravilha está impróprio) até perto da Tapada da Vigia onde entrámos no irresistível trilho que liga ao dos muros e termina frente a Seteais. Nada com uma bela descida para um regresso em grande à Vila de Sintra.
Com uma breve paragem para lavar as máquinas (cortesia do Luis) demos por terminada a volta já perto das 14h00 e com cerca de 37kms de magnífica pedalação
… isto para os “gajos” que a nossa menina viu a coisa de outra maneira…
Subimos ao “acidente geológico e geomorfológico mais importante da península de Lisboa” com recurso a um velocípede de duas rodas, sendo a da retaguarda accionada por um sistema de pedais que actuam sobre uma corrente.
Caminhámos sobre os “granitos subalcalinos a calco-alcalinos, os sienitos e sienitos quartzíferos, os dioritos quártzicos, gabros, mafraítos, brechas eruptivas e uma vasta rede filoneana, constituída por microgranitos, riolitos, traquitos, microsienitos, microdioritos, doleritos e lamprófiros”.
Aperciámos as “Morchella esculenta”, “Marasmius Oreades” (vulgo cogumelos) que por ali pululam nesta época do ano….
… e fotografou-se quase tudo…
- 17
de Janeiro 2010
... e lá fomos a Samora Correia.
Com o tempo como tem estado, estávamos mesmo a ver que seria mais uma volta de canoa que de bicicleta. Mas o S. Pedro foi bonzinho para a malta pedaladora e nem uma pinga caiu.
Depois de uma viagem de alguns quilómetros lá demos com o local de concentração e ainda com tempo de ir tomar o cafezinho da praxe que isto de pedalar sem cafeína não é para todos. Desatafulharam-se as máquinas dos carros e deram-se os últimos retoques de preparação para o evento e depois das instruções da organização lá se começou a volta.
Primeiro com um bocadinho de alcatrão até se entrar na Companhia das Lezírias onde começamos os estradões que por sinal caracterizaram todo o passeio. Sempre bastante rolante a coisa até que foi bem a nosso estilo, pois permitia para alem do dar ao pedal, ir dado à língua e tirando bonecos aqui e ali. Fomos encontrando muita da malta conhecida das nossas pedalações que motivou mais conversar mas sempre em bom ritmo.
Para quem está habituado a Sintra, os poucos mais de 30 metros de diferença entra o ponto mais alto e o mais baixo, isto foi como pedalar numa mesa de bilhar mas com bastante água e muita areia acabou por tornar os quase 27kms num longa mas rolante subida.
Quando demos por ela estávamos no ponto de reabastecimento onde tivemos a triste notícia que não se poderia ir pelos arrozais por o caminho estar impraticável que é como quem diz “tem água pelos joelhos”.
Muitos bonecos, uma barrinha e alguma água depois e lá se estava a pedalar novamente, mas agora já de regresso.
Como era só seguir as setas não tinha nada que saber e até deu para fazer uns bocados a pedalar que nem malucos sem a preocupação do costume do “onde é que anda esta malta” reagrupando um pouco mais à frente.
A organização tinha-nos avisado sobre a “descida perigosa” e estávamos ansiosos por mais esse desafio e foi ao som dos gritos de “cuidado que esta é perigosa” fomos descendo um trilho menos plano que rapidamente acabou. Quando chegámos ao final perguntámos afinal onde estava a tal descida ao que nos responderam “era aquela” ….. “hhhaaa”… pois …. quem está habituado ao sobe e desce da zona saloia…. aquilo foi coisa pouca….
Sempre na paródia, fomos tirando bonecos aqui e ali e até estivemos perto de uma manada de bovinos que por ali deambulava produzindo uma imensidão de bostas transformando os estradões num interminável prova de gincana.
Com uns contactos aqui e ali com umas poças um pouco mais fundas que o recomendável, quando demos por ela já estávamos novamente a sair da quinta e de regresso ao alcatrão (soube a pouco) e como ainda era cedo demos uma lavadela nas máquinas para tirar as lamas antes de re-atafulhar as biclas nos carros para o caminho de regresso.
E ainda se teve tempo para um sumo de cevada :-)
Divertimo-nos à grande… como sempre.
Boa escolha!
Os nossos agradecimentos á organização.
- 10
de Janeiro 2010 Muito frio, alguma chuva e uma vontade imensa de começar a pedalação que isto de tirar a bicicleta do gancho só para ir comer pastéis de nata, não é mau, mas também não é lá bem o que a malta gosta mesmo de fazer.
Com a serra envolta em tudo o que eram nuvem negra e sem grandes alternativas com estas cargas de água, avançamos para Sintra onde o Luis já nos esperava. A ideia era trepar a serra e depois logo se via, mas a nosso amiga Amélia que regressa à pedalação depois de longo interregno ficou meia enjoada só com o bocadinho até Sintra. Com a paragem para recuperar e com um plano B já traçado, preparávamo-nos para fazer o caminho de volta qual ela espevitou (certamente devido aos mimos dos marmanjos) e afinal sempre se seguiu até ao Palácio.
Aqui refez-se o plano e em vez de subir a serra, desceu-se o caminho dos castanheiros pois talvez com mais uns quilómetros de ambientação a nossa amiga já aguentasse amarinhar a serra. Seguimos por Galamares, com umas subidas a ajudarem a aquecer o corpo logo seguidas de descidas de enregelar na direcção dos Gigarós onde planeávamos virar à esquerda e amarinhar a serra.
Como a serra continuava envolta por negras nuvens, e o solzinho estava a dar um ar da sua graça sobre a zona da Várzea, não teve nada que saber e com um “voltamos pela várzea, pode ser?” democraticamente apontámos à Várzea e ao sol. Os nosso amigos estreantes ainda lançaram um “então não ia-mos subir a serra? Vínhamos preparados para isso …” mas a malta fingiu que não ouviu e toca de descer na direcção de Colares antes que alguém se pusesse com ideias malucas.
Passámos Colares, enfiámo-nos na mata e conversando mais que pedalando, fomos avançando até às Azenhas do Mar. Sem grandes lamas nem chuva e até um tímido mas bem-vindo solzinho continuou-se a pedalação até à capela circular de S. Mamede de Janas para a paragem do dia e respectivo boneco com a malta bem aconchegada e ao molhinho para não sentir tanto frio.
Trincada a merenda continuou-se caminho na direcção da Quinta da Paz não sem antes aquecer o corpinho com a subida até à antena que com o terreno mole da chuva se mostrou um bocadinho mais agreste que o normal. Com o Pedro e o João a fazerem as habilidades do costume na descida perto da Quinta (um dia destes a coisa corre menos bem), chegámos à subida do “nunca mais acaba” que nos leva até ao Casal da Granja, isto claro com um meio furo pelo caminho a requerer umas bombadas de ar e muita opinação.
Entrámos no ex-caminho das pedras e virámos para Vila Verde pois o caminho do moinho do Roque prometia um nível de lama para o qual não estávamos mentalmente preparados. Mais conversa, mais pedalação já estava-mos em Campo Raso a amarinhar para a ponte sobre o IC. Depois de mais umas poças que não estavam no programa entrou-se na Cavaleira pelo caminho da ETAR e foi só subir mais um bocadinho para se chegar ao Algueirão.
Como a lama não era muita a coisa ainda ser resolveu com uma simples mangueirada para que as máquinas não chegassem com muito mau aspecto a casa e mesmo a tempo pois estava mesmo a começar chover daqueles pingos grossos que molham até ao osso.
Já pertinho das 13h30 e com pouco mais de 35kms deu-se por terminada aquilo que foi a nosso primeira volta (na bicicleta) do ano.
- 3
de Janeiro 2010 Com a chuvada que estava a cair fui ao café apenas para isso mesmo, o café. Mas já lá estava o amigo João de máquina pronta mas também sem grande vontade… tomou-se o café. Um pouco depois aparecem o Pedro a Amélia com um “então isto para estes lados está assim…”
Bem … com quatro já se joga à sueca.
E eis que chega o desaparecido Pedro Silva com a sua teoria de “isto às nove pára de chover… está escrito, vão ver”, e não parou de chover nem às nove nem às dez.
Continuou-se na conversa e já para lá das nove surgiu a ideia de ir até Sintra (de carro) e enfardar uns docinhos regionais para afogar as mágoas. Assim foi, encafuámo-nos num dos carros com respectiva bicicleta em cima e rumámos ao “Gregório” para uns pastéis de nata quentinhos.
Como não se pedalou conversou-se até quase ficar a suar. Queimadas as calorias deste segundo pequeno-almoço regressámos ao ponto de partida não sem ainda pensar em pedalar nem que fosse meia hora.
Nada como começar o ano com uma volta com as bicicletas… em cima do carro, elas também merecem descançar..
Para a semana vingamo-nos!